As grandes línguas – entenda-se “grandes” como faladas por muitas pessoas, em muitos lugares e situações diferentes, desempenhando múltiplas funções – desenvolvem diferentes formas ou variedades linguísticas.
Quando essas línguas se tornam oficiais de diferentes estados e as respetivas comunidades as assumem como suas, é previsível que cada país desenvolva uma variedade nacional, que é assumida como a sua variedade da língua em questão, representativa do próprio país e seu povo. É neste sentido que falamos em variedades nacionais do português (ou do inglês, ou do espanhol), apresentando diferentes níveis de desenvolvimento, aceitação por autoridades e comunidade e codificação. Brasil e Portugal têm variedades desenvolvidas, aceites, codificadas e, por isso, dominantes; Moçambique e São Tomé e Príncipe têm variedades desenvolvidas, em vias de aceitação e codificação; Angola desenvolveu a sua variedade nacional, mas esta não é aceite pelas autoridades nacionais e, logo, a carece de codificação; Cabo Verde, Guiné-Bissau e Timor-Leste encontram-se mais longe de virem a ter variedades nacionais desenvolvidas.
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FONTE: DIÁRIO DE NOTÍCIAS