Projetos do IILP
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A ideia de criação de uma comunidade de países e povos que partilham a Língua Portuguesa – nações irmanadas por uma herança histórica, pelo idioma comum e por uma visão compartilhada do desenvolvimento e da democracia – foi sonhada por muitos ao longo dos tempos. Em 1983, no decurso de uma visita oficial a Cabo Verde, o então ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Jaime Gama, referiu que: “O processo mais adequado para tornar consistente e descentralizar o diálogo tricontinental dos sete países de língua portuguesa espalhados por África, Europa e América seria realizar cimeiras rotativas bienais de Chefes de Estado ou Governo, promover encontros anuais de Ministros de Negócios Estrangeiros, efetivar consultas políticas frequentes entre diretores políticos e encontros regulares de representantes na ONU ou em outras organizações internacionais, bem como avançar com a constituição de um grupo de língua portuguesa no seio da União Interparlamentar”.
O processo ganhou impulso decisivo na década de 90, merecendo destaque o empenho do então Embaixador do Brasil em Lisboa, José Aparecido de Oliveira. O primeiro passo concreto no processo de criação da CPLP foi dado em São Luís do Maranhão, em novembro de 1989, por ocasião da realização do primeiro encontro dos Chefes de Estado e de Governo dos países de Língua Portuguesa – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, a convite do Presidente brasileiro, José Sarney. Na reunião, decidiu-se criar o Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), que se ocuparia da promoção e difusão do idioma comum da Comunidade.
Instituto Internacional da Língua Portuguesa
O Instituto Internacional da Língua Portuguesa é uma Instituição da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa que goza de personalidade jurídica e é dotada de autonomia científica, administrativa e patrimonial.
Em 2002, na VI Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), realizada em São Tomé e Príncipe, foram traçadas orientações para o início das atividades de gestão da língua portuguesa. Sediado na Praia, Ilha de Santiago, Cabo Verde, representa de forma paritária as nove nações da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. O Instituto é um instrumento para a gestão comum da Língua Portuguesa, envolvendo todos os Estados-Membros da CPLP. O IILP promove um contacto mais estreito entre os países e suas equipas técnicas, permitindo a execução de uma política linguística consensuada.
O IILP planifica a sua ação conforme orientações gerais do Conselho de Ministros da CPLP e do Conselho Científico, bem como de documentos vários, dos quais se destacam:
– Os Planos de Ação sobre a Língua Portuguesa, que são instrumentos decorrentes das Conferências Internacionais Sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial (Brasília 2010, Lisboa 2013, Díli 2016 e Praia 2021).
– Planos Estratégicos Setoriais, que apresentam as principais linhas prioritárias de ação das áreas de educação, ensino superior, ciência e tecnologia e da cultura.
– Outros documentos relevantes que induzam a uma concertação, considerando a Língua Portuguesa como um elemento transversal.
A Direção Executiva do IILP tem caráter rotativo, permitindo que todos os Estados-Membros da CPLP ocupem este cargo.
João Neves…
Presidente do Conselho Científico
Comissões Nacionais
Angola
Guiné-Bissau
Portugal
Brasil
Guiné Equatorial
São Tomé e Príncipe
Cabo Verde
Moçambique
Timor-Leste
Incanha Intumbo nasceu na Guiné-Bissau. Em 2001, licenciou-se pela Universidade de Coimbra, variante de estudos portugueses e franceses e desenvolveu o seu interesse pelos estudos linguísticos. Em 2003 participou no Congresso da Associação: Crioulos de Base Lexical Portuguesa e Espanhola (ACBLPE) na Universidade de A Corunha em Espanha, e decidiu seguir o mestrado em linguística descritiva comparando as gramáticas do crioulo guineense, a do português (superestrato) e a do balanta (uma das línguas do substrato do crioulo guineense) na sua tese.
As duas últimas formações feitas são a Parte Curricular do Doutoramento em Letras pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Capacitação em Gestão e Administração de Estabelecimentos de Ensino Superior, Hangzhou, China, e mestrado em Linguística Aplicada pela Faculdade de Letras da Universidade de
Coimbra.
Nascida em Moçambique, Marisa Guião de Mendonça é Doutora em Educação/ Currículo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Brasil. Foi Diretora da Faculdade de Línguas da Universidade Pedagógica, Moçambique (2003-2009). Atuou como Coordenadora Geral do Programa de Formação Contínua de Professores de Português – modalidade semi-presencial (Programa Universidade Pedagógica-Instituto Camões), 2005-2013. Entre 2009 e 2012, assumiu como Diretora da Faculdade de Ciências da Linguagem, Comunicação e Artes da Universidade Pedagógica, Moçambique. Diretora da Escola Superior de Contabilidade e Gestão da Universidade Pedagógica, Moçambique (2012-2014). A sua experiência na área de lecionação ao nível de graduação e pós-graduação concentra-se na Didática do Português, Supervisão Pedagógica em Ensino de Línguas; Análise e Produção de Materiais Didáticos para o Ensino de Língua, Produção de Recursos Didáticos para o Ensino de Português/ Língua Estrangeira, Produção de Português Oral, Produção de Português Escrito. Já na área de investigação, seus estudos focam as Metodologias de Ensino de Português como Língua Não Materna; Desenvolvimento Curricular em Línguas em contextos de diversidade linguística; Interculturalidade.
Diretor Executivo do IILP nomeado em outubro de 2010 por dois anos, e reconduzido em 2012 por mais dois. Gilvan Müller de Oliveira é brasileiro, nasceu em 1964 em Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. Graduou-se em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP, em 1985; fez o mestrado em Linguística Teórica, Filosofia e História pela Universität Konstanz, Alemanha (1990), o doutorado em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (2004) e o pós-doutorado, na Universidade Autônoma Metropolitana Iztapalapa, no México.
Amélia Arlete Dias Rodrigues Mingas nasceu em 1946 em Ingombota, Luanda, Angola. Professora universitária e linguista, licenciou-se em Filologia Germânica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e doutorou-se em Linguística Geral e Aplicada na Universidade René Descartes de Paris. Atuou no ensino secundário angolano, coordenou o Departamento de Língua Portuguesa do Instituto Superior de Ciências da Educação de Luanda (ISCED) e dirigiu o Instituto Nacional de Língua do Ministério da Cultura. Além de trabalhar em pesquisas académicas, foi também responsável pela cadeira de Linguística Bantu na Universidade Agostinho Neto, tendo participado em vários seminários e palestras ligados à problemática das línguas africanas e portuguesa, no interior e exterior de Angola. Publicou Interferência do Kimbundu no Português Falado em Lwanda. Entre 2006 e 2010, foi Diretora Executiva do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, tendo defendido o estabelecimento de uma política linguística comum aos oito Estados que têm o português como língua oficial.
Manuel da Cruz Brito-Semedo, natural de S. Vicente, nasceu em 1952. É professor doutor em Antropologia, Especializado em Etnologia, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (UNL). Atua como professor universitário e participa ativamente em múltiplas atividades culturais, através dos meios de comunicação social. Publicou as seguintes obras: Na Esquina do Tempo – Crónicas de Diazá, (2009); A Morna-Balada – O Legado de Renato Cardoso (2008); A Construção da Identidade Nacional – Análise da Imprensa entre 1877 e 1975 (2006); Caboverdianamente Ensaiando, Vols. I e II (1995 e 1998); A Colocação dos Clíticos no Português em Maputo, Maputo (1997), um estudo linguístico. No 35.º Aniversário da Independência Nacional·de Cabo Verde (2010), foi condecorado com a Medalha do Vulcão, 1.ª Classe, “em reconhecimento pela sua importante contribuição para a promoção e o desenvolvimento da cultura nacional”. Recebeu, no mesmo ano, a Comenda Joãozinho da Goméia pela Universidade Estadual·da Bahia (UNEB).·Foi Diretor Executivo do IILP de 2004 a 2006.
Ondina Maria Duarte Fonseca Rodrigues Ferreira, caboverdiana, nasceu em 1946 durante a viagem de seus pais de Mindelo a Lisboa. Licenciou-se em Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa e concluiu o Mestrado em Ciências da Educação na Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos. Atua como professora e palestrante no meio académico e colabora em diversos veículos impressos como jornais e revistas literárias de expressão lusófona. Publicou as seguintes obras: Amor na Ilha e Outras Paragens (2001); Ponto de Partida e Outros Contos (2001); Maria Helena Spenser – Contos, Crónicas e Reportagens (2005) e Baltasar Lopes da Silva e a Música (2006). Foi Diretora Executiva do IILP de 2001 a 2004.
Mário Alberto de Almeida Fonseca, o primeiro a exercer a função de Diretor Executivo do IILP (1999-2001), nasceu em Cabo Verde, na cidade da Praia, em 1939. Professor Licenciado em Letras na Universidade de Dakar, escritor, crítico literário e cronista, lecionou francês no Senegal e trabalhou na Mauritânia e na Turquia como administrador durante os anos em que esteve no exílio. Durante a fase da descolonização, no período da ditadura salazarista, foi perseguido político em Portugal como militante anticolonialista. Em Cabo Verde atuou como Presidente do Instituto Nacional da Cultura e colaborou ativamente em quase todos os jornais e revistas que circularam no arquipélago após a independência, em 1975. Poeta revolucionário e visionário, foi co-fundador do Suplemento Cultural “Seló” dos estudantes do Liceu Gil Eanes. Faleceu em 2009 deixando as seguintes obras poéticas: O mar e as Rosas (1964); Près de la mer; Mon pays est une musique; La Mer à Tous Les Coups; L’odoriférante Evidence de Soleil Qu’ Est Une Orange e Poissons, que foram traduzidas em diversos idiomas.
Godofredo De Oliveira Neto (Brasil)
Helena Lobo (Cabo Verde, 2010-2012);
Amália Vera-Cruz de Melo Lopes (Cabo Verde, 2012-2014)
Calane da Silva (Moçambique, 2014-2018)
Margarita Correia Ferreira (Portugal, 2018-2022)
Abigail Tiny Cosme (São Tomé e Príncipe, 2022 - em exercício)
A PLATÔ — Revista do Instituto Internacional da Língua Portuguesa é um periódico internacional produzido pelo Instituto Internacional da Língua Portuguesa – IILP. Em formato digital, de acesso público gratuito, a Platô surge com a proposta de acompanhar os diferentes trabalhos realizados pelo Instituto e as discussões teórico-metodológicas que ilustram e dão consistência às políticas linguísticas consensuadas, no espaço multilateral, e atualmente em curso, para o português e, eventualmente, também, para outras línguas que interagem com o português na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Está, portanto, aberta a publicação de trabalhos que dialoguem com esse domínio histórico, linguístico e político.