IILP PARTICIPA NO 1º FÓRUM LUSÓFONO DE GOVERNAÇÃO DA INTERNET

Intervenções

A convite do Comité Gestor da Internet do Brasil, o Diretor Executivo do IILP participou no 1º Fórum Lusófono de Governação da Internet, que decorreu em São Paulo, nos dias 18 e 19, que contou com a colaboração da LusNIC, .pt, NIC.br e do INTIC. Ao longo de dias foram discutidos temas como a língua portuguesa na internet, desafios e oportunidades para a língua portuguesa na inteligência artificial, a poesia e a literatura em língua portuguesa na internet, iniciativas em língua portuguesa na capacitação em competências digitais e na governação da internet.

Na sua intervenção no painel sobre a língua portuguesa na internet, o Diretor Executivo defendeu a necessidade de consideração do acesso à internet e às tecnologias digitais como um bem público e um direito ao nível dos direitos humanos, por tal, elemento importante na definição e na organização das agendas nacionais e multilateral de transformação digital, ao colocar as pessoas e a cidadania a par das preocupações de âmbito económico, administrativo, científico. Esse investimento nas pessoas impulsiona ainda a redução da brecha digital que caracteriza, de forma sensível, o espaço da CPLP, gerando desigualdades de acesso e de oportunidades.  promovendo a inclusão e a coesão social e a participação cívica e, portanto, o desenvolvimento e a democracia. 

O alargamento da acessibilidade, acompanhado da incontornável aposta na formação em literacia e mediação digital, tendo em vista o aumento da produção de conteúdos, constituem ainda condição para a consolidação e a eventual melhoria da presença da língua portuguesa na internet, onde ocupa o 6º lugar. Um reforço que não se cinge ao número de utilizadores, mas também ao nível da potência a língua portuguesa, associada à produção e consumo de conteúdos de valor, o que convoca um conjunto de medidas que vão desde a infraestruturação à formação dos utilizadores e ao investimento em projetos tanto no reforço da oferta da língua portuguesa em várias modalidades e em diferentes contextos quanto em tecnologias da língua, no âmbito na nova economia da língua e dos modelos de linguagem. 

O Fórum encerrou com um painel sobre "uma agenda lusófona para o futuro da cooperação digital ao nível internacional", onde a eliminação das brechas e das desigualdades digitais surge a par do investimento no património informacional ("digitização"), da coleção de dados ("dataficação") e reforço dos bens públicos e da inovação ("digitalização), bem como da defesa e promoção do multilinguismo, tendo presente que a língua portuguesa responde por 3,7% do tráfego linguístico na internet.

O fórum salientou igualmente a importância de uma estratégia multilateral e da cooperação internacional nos diversos aspetos da governação da internet, em particular em áreas da segurança cibernética, da governação digital, e das acessibilidades, tendo presentes as reflexões em curso sobre o pacto digital global. Questões que foram reunidas no documento designado Carta de São Paulo, aprovada pelos representantes das instituições Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe presentes.

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