A EXPANSÃO DA LITERATURA INDÍGENA

Notícia

VIII Encontro de Escritores e Artistas Indígenas: Literatura é Resistência” que aconteceu durante o 13º Salão do Livro Infantojuvenil da  Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) – FNLIJ, no Rio de Janeiro, Brasil, contou com a presença de escritores indígenas de diferentes etnias. Diz-se que a literatura indígena está em franco crescimento. Parece […]

VIII Encontro de Escritores e Artistas Indígenas: Literatura é Resistência” que aconteceu durante o 13º Salão do Livro Infantojuvenil da  Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) – FNLIJ, no Rio de Janeiro, Brasil, contou com a presença de escritores indígenas de diferentes etnias.

Diz-se que a literatura indígena está em franco crescimento. Parece ser verdade, a julgar pelo lançamento de seis novas obras,no Salão  da FNLIJl –  deste ano – e do surgimento de novos títulos, a cada ano.

Olivio Jecupé, morador da aldeia krukutu , região de São Paulo, lançou sua 11ª publicação intitulada Tekoa: Conhecendo uma Aldeia Indigena. A obra retrata a cultura da comunidade guarani na visão de um menino branco que passa um mês convivendo com índios da sua idade. Na aldeia, esse menino aprende rituais, cantos, danças e lendas que formam essa civilização tão rica de conhecimento e respeito à natureza. O autor ainda disse que a maioria dos brasileiros nunca puderam conhecer uma aldeia indígena e hoje, com a lei que introduz nas escolas informação sobre os povos indígenas, o mercado literário começa a expandir.

Roní Wasiry Guará, indígena da etnia maraguá maué, localizada na região amazônica, falante do nyengatu, lançou  Mondagará Traição dos Encantados, o livro da sabedoria, grafismos interpretados com desenhos que contam e guardam as histórias sagradas do seu povo.A outra obra lançada pelo autor chamada de Çaiçú Indé, O Primeiro Grande Amor do Mundo, é  uma declaração de amor. Conhecido como contador de histórias na aldeia e no colégio onde estudou, o autor vê na Literatura um instrumento eficaz e importante na transmissão dos conhecimentos de sua comunidade e na quebra de preconceitos criados com relação ao indígena.

Para a secretária–geral da FNJL, Elizabeth Serra, o ponto de contato linguístico entre os indigenas que usam 180 línguas diversas no Brasil é o português. Eles fizeram da palavra escrita o instrumento da busca da identidade, o fortalecimento da sua cultura para atravessar fronteiras. É por isso que a Fundação vem apoiando essa produção literária com variedade e qualidade.

Tags :

Partilhar :

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Artigos Relacionados

Artigos Recentes

Tem alguma questão?

Se tiver alguma questão, referente à nossa instituição, não hesite, entre em contacto.

Arquivos