Os partidos políticos com assento parlamentar defenderam, nesta quarta-feira(16), a entrada da Guiné Equatorial na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que vai ser discutida na próxima cimeira, a acontecer em Maputo, uma vez que é Moçambique que vai assumir a liderança da comunidade agora presidida por Angola.
No final da audiência com José Maria Neves, o secretário-geral do PAICV ( Partido Africano da Independência de Cabo Verde) defendeu que “é um país vizinho, com um conjunto de potencialidades e é de interesse estratégico para Cabo Verde essa adesão”.
“Há um quadro estratégico definido dentro da CPLP, este quadro está a ser trabalhado individualmente pelos países e no conjunto da comunidade, está a ser minimamente cumprido pelas partes, e na próxima cimeira será discutido o sistema na Guiné Equatorial no sentido da facilitação da entrada na comunidade como país que tem interesses e que pode ser um grande suporte para os oito países”, explicou o responsável partidário.
Armindo Maurício adianta que a Guiné Equatorial “assumiu um conjunto de compromissos formais e materiais para que estejam criadas condições para entrar na CPLP”. Este compromisso, diz, tem sido assumido em todas as reuniões que tem havido desde que a Guiné Equatorial assumiu o estatuto de país observador da comunidade, ou seja, 2006.
O IILP assinou em 07 de fevereiro do corrente ano, um Convênio de Cooperação Técnica com a Guiné Equatorial o que resultou, no mês de março passado, numa missão de trabalho de uma equipe de linguistas lusófonos convocada pelo IILP para pesquisar e publicar um livro sobre o Crioulo Português de Annobon, documento que colabora com a visão de que a Guiné Equatorial tem em seu território um crioulo do português e, portanto, situa-se no âmbito de uma lusofonia ampliada. O referido protocolo aponta também a realização em Malabo (capital da Guiné Equatorial) de um seminário nacional de política linguística, para fins de regulamentação, nomeadamente da presença do português no sistema educativo e na comunicação social. Outro projeto inserido no termo do Convênio é a elaboração de um programa de implementação do português, e também de como administrar a co-habitação das três línguas oficiais do país.
Fonte colaborativa: Jornal A Semana