Timor com mais professores

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Timor-Leste vai abrir, já no início do próximo  ano, quatro novas escolas de referência, que vão acolher mais 58 professores  portugueses, anunciaram hoje em Lisboa os ministros da Educação timorense  e português. Em conferência de imprensa, os ministros da Educação português, Nuno  Crato, e timorense, Bendito Freitas, adiantaram que, a partir de janeiro,  haverá um […]

Timor-Leste vai abrir, já no início do próximo  ano, quatro novas escolas de referência, que vão acolher mais 58 professores  portugueses, anunciaram hoje em Lisboa os ministros da Educação timorense  e português.

Em conferência de imprensa, os ministros da Educação português, Nuno  Crato, e timorense, Bendito Freitas, adiantaram que, a partir de janeiro,  haverá um total de 108 professores portugueses a colaborarem com as escolas  de referência, unidades de ensino timorenses que obedecem a currículos e  diretivas locais.

O projeto das escolas de referência, assinado em setembro, entre os  ministérios da Educação de Portugal e de Timor, conta já com 50 professores  portugueses.

O objetivo das autoridades timorenses é criar uma escola de referência  em cada distrito. Com as próximas quatro, ficam a faltar quatro outras,  estimando os dois ministros que a tarefa possa estar concluída dentro de  dois anos. Em janeiro, Nuno Crato participou na inauguração de cinco escolas de  referência timorenses — em Gleno, Same, Baucau, Maliana e Oecussi.

De visita a Portugal, a primeira como ministro da Educação, Bendito  Freitas agradeceu a “cooperação” de Portugal e convidou Nuno Crato a voltar  a Timor-Leste em fevereiro do próximo ano.

O ministro da Educação português aceitou o convite e deverá participar  na inauguração das quatro escolas, na abertura do ano letivo timorense.Simultaneamente, Nuno Crato deverá participar numa conferência sobre  educação, alfabetização e conhecimento da língua portuguesa, que o ministro  Bendito Freitas está a organizar para a mesma altura.

Orçadas em 2,4 milhões de dólares, 1,5 milhões dos quais garantidos  pelo Estado português, contam com professores portugueses e timorenses.

Nuno Crato aproveitou para elogiar a “dedicação” dos professores portugueses  em Timor. “Para Portugal, isto também é bom, não é só para Timor. Os professores  portugueses que vão para Timor voltam diferentes (…), com uma experiência  muito mais rica”, destacou.

Pretendendo servir de modelo para todas as outras escolas do sistema  de ensino oficial timorense, as unidades de referência “servirão também  como centros para a formação dos professores timorenses, que vão dar cobertura  a 202 escolas básicas centrais”, explicou Bendito Freitas.

Realçando que os governantes timorenses estão “particularmente empenhados  na educação”, Bendito Freitas, no cargo desde as eleições de agosto, disse  também pretender “dar mais ênfase à cooperação entre ensinos superiores”.

Por isso, visitou as universidades de Coimbra, Aveiro e Minho (em Braga),  procurando aumentar a cooperação com Portugal, “em ciência, tecnologia e  informações”.

Fonte: Lusa
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