O ministro angolano da Educação, Pinda Simão, afirmou ao jornal ANGOP , que Angola não está contra o Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa de 1990, mas quer aprofundar a sua reflexão para facilitar a sua implementação e salvaguardar aspectos de interesse do País.
Pinda Simão fez esta afirmação no acto de lançamento de três livros sobre o parecer de Angola relativo ao Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa, em sessão ocorrida na União dos Escritores Angolanos.
Para o ministro, os aspectos de interesse de Angola relativamente ao acordo ortográfico prendem-se com a diversidade de línguas no país, que reflectem uma componente cultural importante que deve ser salvaguardada.
“Nós queremos que a decisão que vier a ser tomada sobre este assunto seja um consenso criado a volta da intervenção de toda população angolana, desde os intelectuais, políticos e cidadãos em geral”, asseverou.
Uma vez que a Língua Portuguesa é um património de todos, apontou Pinda Simão, é necessário que cada um se reveja como parte integrante, respeitando aquilo que o representa na sua especificidade.
“O acordo ortográfico é positivo, tem aspectos importantes, mas nós pensamos que ainda há aspectos que são próprios dos povos e, não só de Angola, que devem ser tidos em conta. Por isso, trabalhamos e acredito que chegaremos a esse consenso ao nível de toda comunidade de língua portuguesa”, salientou.
Na presença do ministro do Ensino Superior, Adão do Nascimento, do secretário do estado da cultura, Cornélio Caley, do secretário-geral da UEA, Carmo Neto, e demais interessados pelas questões linguísticas, foram apresentados e vendidos os respectivos livros produzidos sob chancela do Ministério da Educação, designadamente ” Oficina de Trabalhos sobre o Acordo Ortográfico de 1990″, “Parecer sobre o Acordo Ortográfico de 1990″ e ” Síntese das Sínteses do Parecer sobre o Acordo Ortográfico de 1990″.
Fonte: Africa 21 – Digital