A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) tem que ser repensada e precisa ser mais conhecida pelos próprios cidadãos de língua portuguesa, avaliou o ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação do Timor-Leste, José Luís Guterres.
O País asiárico será o próximo a assumir a presidência rotativa da entidade em julho do próximo ano. Ele vai substituir Moçambique, atualmente no posto.
Segundo Guterres, o Timor está disposto a se transformar numa plataforma no sudeste asiático para o setor privado e todos os empresários de língua portuguesa.
“Enquanto organização, nós precisamos explicar aos nossos povos o que nós queremos com a CPLP, se não a impressão que se tem é que é mais uma reunião, onde se fala muito, se gasta muito dinheiro, mas não há resultados”, avalia o ministro.
Para ele, é importante também trazer o setor privado para participar na expansão ou no reforço desta comunidade. A força da CPLP, conforme ele lembra, inclui os mercados regionais abrigados indiretamente pelo bloco, como Mercosul e União Europeia.
“Nós sabemos que as grandes empresas não precisam de ninguém para fazer sua expansão porque já estão lá. A Embraer está em todo lado e tem vendido aviões na Indonésia e várias partes do mundo. Mas nós falamos em particular pequenas e médias empresas que são o que faz funcionar as economias dos nossos países.”
Fundada em 1996, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa abriga as oito nações que falam português em quatro continentes.
Fonte: Rádio ONU