O secretário executivo da Comunidade dos Países de Língia Portuguesa (CPLP), Murade Issac Miguigy Murargy, chegou domingo à capital angolana, Luanda, para uma visita de trabalho de cinco dias a Angola, a primeira desde a sua eleição para o cargo em 2012.
Angola, enquanto Estado membro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), vai exercer um grande papel no actual processo de reformas em curso na organização, “sobretudo no reforço das suas instituições”, afirmou, domingo (20), em Luanda, o seu secretário executivo, o moçambicano Murade Muargy.
Segundo o diplomata, em entrevista à Angop, no aeroporto de Luanda, as referidas reformas que estão a ser levadas a cabo no âmbito do lema “CPLP e os desafios do futuro”, vão contar com Angola, sendo um suporte fundamental na sua consolidação e funcionamento, tendo em conta a sua experiência político e diplomática, sublinhou.
“Angola é um parceiro extremamente importante para o reforço e capacitação da CPLP”, reafirmou o político lusófono de Moçambique a respeito da contribuição nacional para o feito.
No âmbito destas reformas, a sua equipa, eleita em 2012, está a trabalhar para continuar a promover a imagem da Comunidade, dar uma maior visibilidade, fazer com que a CPLP seja mais conhecida junto dos seus cidadãos, e, “ao mesmo tempo que vou tendo encontros com a sociedade civil, procurar auscultar as suas preocupações e encontrar soluções conjuntas que sirvam os anseios dos cidadãos “, enfatizou.
O diplomata acrescentou que a CPLP é uma instituição nova que existe apenas a 17 anos, “mas já consolidou muitas das suas áreas, sobretudo a da concertação político-diplomática, o que tem permitido que os países membros, nos fóruns internacionais, façam sentir a sua opinião comum e isto tem dado os seus frutos nas candidaturas e outros aspectos”, além da imposição da língua portuguesa nos eventos de carácter internacional.
O político referiu ainda que antigamente a CPLP estava virada a outras actividades, visto que o contexto da época era diferente, na medida em que alguns Estados membros se encontravam em situação de guerra, como Angola, Moçambique, e o caso de Timor-Leste.
Entretanto, agora que o quadro alterou, sublinhou, a instituição vai desenvolver outras actividades no sentido de colocar a Comunidade mais a dispor e a funcionar em prol dos cidadão, ao contrário de ter um funcionamento mais institucional, como antes acontecia.
Murade Murargy, que tem eleito o processo de reformas na CPLP como o principal desafio do seu mandato, substituiu no cargo o diplomata da Guiné-Bissau, Domingos Simões, na Cimeira da CPLP, realizada na cidade de Maputo (Moçambique), em 2012, encontro que atribuiu a actual presidência da Comunidade a República de Moçambique, que vai liderar até 2014.
A próxima Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CPLP terá lugar em Timor-Leste.
Fazem parte da CPLP, Angola, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau, Brasil, Portugal e Timor Leste, e Guiné-equatorial, como membro observador.
Fonte: África 21 digital, da redação da ANGOP