AULP quer ligar-se a Macau.

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A Associação de Universidades de Língua Portuguesa (AULP) esteve em Macau para a realização do balanço do ano anterior, mas do encontro surgiram as ideias mestras para um futuro programa de mobilidade. Pretende-se que alunos e docentes do território e da China façam parte dos seus estudos nas universidades associadas da AULP, sendo que os […]

images (5)A Associação de Universidades de Língua Portuguesa (AULP) esteve em Macau para a realização do balanço do ano anterior, mas do encontro surgiram as ideias mestras para um futuro programa de mobilidade. Pretende-se que alunos e docentes do território e da China façam parte dos seus estudos nas universidades associadas da AULP, sendo que os alunos de países africanos, de Portugal e do Brasil, possam também vir para Macau. “A nossa associação está empenhada nos programas de mobilidade entre estudantes e docentes, e gostaríamos que Macau pudesse fazer parte destes programas. O Brasil é hoje um dos nossos principais apoiantes no projecto, que já é feito entre o Brasil e países africanos de língua portuguesa, e com Portugal. Mas queríamos dar corpo a que esse programa tivesse lugar em Macau”, disse Jorge Ferrão, presidente da AULP.
Tendo feito uma visita ao novo campus da Universidade de Macau (UMAC), os quais, na óptica de Jorge Ferrão, traz “novos desafios”, concluiu-se que esta é a fase ideal para avançar nas cooperações académicas. “Veríamos com bons olhos a chegada dos alunos de Macau e da China nos nossos países, por duas razões: a China é o maior parceiro comercial de muitos dos nossos países. É o maior parceiro comercial de Moçambique, de Angola, do Brasil, e esta cooperação não se pode resumir à área económica e comercial, ela precisa de ir para uma área técnica, cientifica e cultural.”
Pretende-se que a mobilidade não abranja só a UMAC mas também o Instituto Politécnico de Macau (IPM), Instituto de Formação Turística (IFT) e Universidade de São José (USJ), que pertencem à AULP.

FUNDAÇÃO PODERÁ FINANCIAR
Não existe um calendário para implementar este novo programa de mobilidade, sendo que o projecto já desenvolvido no Brasil será tido como exemplo. Mesmo ao nível do financiamento: se lá a estadia e viagens dos participantes é financiada por agências estatais, em Macau deverá ser a Fundação Macau (FM) a financiar a ida de alunos locais para fora. Cheong U, secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, também esteve presente nas reuniões. “Visitámos hoje [sexta-feira] a FM para ver como é que podemos expandir esse modelo para Macau”, disse Rui Martins, vice-reitor da UMAC.
Jorge Ferrão garante que Macau poderá receber “20 ou 30 alunos”, mas pelo contrário as instituições de língua portuguesa só poderão receber, no máximo, entre cinco a dez alunos. “O mais importante é colocarmos esta semente de cooperação, e permitir que os jovens, que amanhã serão os novos líderes, precisam de ter um conhecimento do que acontece fora da China”, disse Jorge Ferrão.
Contudo, se é fácil trazer alunos para as universidades locais, não é fácil levar os estudantes de Macau para fora. “A atracção de alunos de países africanos para Macau é forte, temos sempre cerca de 70 alunos na UMAC. A ida de alunos de Macau para fora não é fácil, os alunos são muito acomodados ao território, e apesar de existirem muitos programas de mobilidade, não gostam porque há uma grande pressão para entrar depressa no mercado de trabalho. Os alunos sabem que, se forem para fora, vão atrasar a licenciatura”, explicou Rui Martins.

Fonte: Hoje Macau
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