A importância da implementação das línguas nacionais no ensino é reconhecida por instituições e acadêmicos. Em meados de junho de 2013, o portal angolano Mwelo Weto publicou uma entrevista ao linguista angolano e docente da Faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto, Daniel Peres Sasuku, que defende a priorização das línguas nacionais no ensino: “Pensamos, de igual modo que a implementação dessas línguas no ensino é uma forma mais concreta de seu resgate e preservação enquanto patrimônio cultural dos angolanos
Também o Fórum Regional para o Desenvolvimento Universitário (FORDU) defende que as línguas nacionais devem ser disciplina obrigatória nas escolas. Das recomendações que resultaram de um debate organizado pelo FORDU em 2013, subordinado ao tema “línguas nacionais como patrimônio identitário autêntico do povo angolano”, destaca-se que “Angola continua uma sociedade plural do ponto de vista das línguas, tradições, cultura (diversidade cultural).Tal situação faz de Angola um país rico em cultura, mas que precisa de uma política séria de promoção das línguas todas e dar maior grandeza às línguas nacionais, principalmente as mais faladas como o umbundo.
Entre 2004 e 2010, foi experimentada a introdução do ensino de sete línguas nacionais numa série de escolas do país. O Ministério da Educação declarou em setembro de 2013 que prevê expandir o ensino das línguas nacionais a todo o ensino primário. Em fase de conclusão está um projeto lei sobre o Estatuto das Línguas Nacionais de Angola, “para promover a inclusão social e fortalecer a unidade na diversidade etnolinguística”.
Enquanto isso, também artistas – neste caso cantores – têm recomendado a utilização de línguas nacionais em suas músicas.
Texto originalmente publicado no site Global Voices, rede internacional de blogueiros que traduzem, reportam e defendem blogs e mídia cidadã de todo o mundo