
O Presidente de Moçambique, Armando Guebuza, defendeu ontem (02), em Lisboa, que o alargamento da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) “reforça a mundialização” do português, em vésperas da previsível entrada da Guiné Equatorial para a organização lusófona.
O alargamento da CPLP foi identificado pelo Chefe de Estado moçambicano e presidente em exercício da organização como o sétimo e último desafio a equacionar nos próximos tempos.
“Um dos receios do alargamento, provavelmente justificado, é que tenderá a diluir o peso identitário que a língua portuguesa representa. Apesar de esta ser uma hipótese a considerar, estamos convictos que os ganhos, com o alargamento criterioso, poderão superar esses receios”, sublinhou Armando Guebuza, num discurso durante uma visita à sede da CPLP, em Lisboa, no âmbito da deslocação oficial que realiza a Portugal, a convite do seu homólogo português, Aníbal Cavaco Silva.
“Ao promovermos o alargamento da comunidade, estamos necessariamente a reforçar a mundialização da língua, o que em última análise contribui para o sucesso da diplomacia económica e para a internacionalização que o processo de globalização impõe”, afirmou o chefe de Estado de Moçambique.
A adesão da Guiné Equatorial, onde o castelhano é a língua mais falada, foi recomendada pelos ministros de Negócios Estrangeiros dos países da CPLP numa reunião em fevereiro e deverá ser aprovada na cimeira de chefes de Estado e de Governo dos Estados-membros, a realizar em Díli no próximo dia 23.
Fonte: Notícias ao Minuto