Escritor considera legítima inserção de expressões angolanas no vocabulário português

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À margem do V Encontro de Escritores de Língua Portuguesa, que decorre desde quarta-feira (21) em Luanda, o escritor e jornalista  português José Carlos Vasconcelos  considerou licita a ideia de preencher o vocabulário português com palavras de origem africana. “Embora palavras como maka já estejam dicionarizadas, é interessante ver inseridas no vocabulário português expressões que representam […]

v_eelp_imagemÀ margem do V Encontro de Escritores de Língua Portuguesa, que decorre desde quarta-feira (21) em Luanda, o escritor e jornalista  português José Carlos Vasconcelos  considerou licita a ideia de preencher o vocabulário português com palavras de origem africana.

images (1)“Embora palavras como maka já estejam dicionarizadas, é interessante ver inseridas no vocabulário português expressões que representam com fidelidade a forma peculiar de os angolanos expressarem-se”, disse.

O escritor falou igualmente do papel que as telenovelas e livros desempenham no processo de expansão da cultura, particularmente da língua. Nesse aspecto, o Brasil, segundo o mesmo, está em vantagem.

“Uma das vantagens do Acordo Ortográfico é tornar os conteúdos dos livros mais acessíveis, pela própria uniformização das palavras que o acordo trouxe”, argumentou.

Fruto de um longo trabalho da Academia Brasileira de Letras e da Academia das Ciências de Lisboa, os representantes oficiais dos então sete países de língua oficial portuguesa (além do Brasil e de Portugal, também Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe) assinaram em 1990 o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, ratificado também, depois da sua independência em 2004, por Timor-Leste.

O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990) entrou em vigor no início de 2009 no Brasil, e em 13 de Maio de 2009 em Portugal. Em ambos os países foi estabelecido um período de transição em que tanto as normas anteriormente em vigor como a introduzida por esta nova reforma são válidas: esse período é de três anos no Brasil e de seis anos em Portugal.

Com exceção de Angola e de Moçambique, todos os restantes países da CPLP já ratificaram todos os documentos conducentes à aplicação desta reforma.

Mais de uma dezena de autores lusófonos participaram do V EELP, entre eles, os escritores Pepetela, Manuel Rui Monteiro, José Luís Tavares, Luís Cardoso, José Fanha, Conceição Lirma debateram, o longo de três dias, “As cidades na Literatura”, tema central do evento, mais três subtemas: “As Migrações e as Cidades”, “Dinâmicas, Transformações e Ambiente Social” e “A Infância nas Cidades”.

A edição deste ano integra-se nas comemorações dos 439 anos da fundação da bonita cidade de Luanda.

Fonte Colaborativa: Angola press

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