Língua Portuguesa determina escolha dos estudantes estrangeiros

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A identidade linguística parece ser a grande motivação quando a questão é a decisão dos alunos estrangeiros em continuarem os estudos superiores em Portugal. Leia mais, clique aqui. De facto, e segundo dados do ano lectivo de 2013/14, estavam a estudar em Portugal 33.809 alunos estrangeiros, dos quais 8.911 (cerca de 26,4%) eram brasileiros. Numerosos, […]

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A identidade linguística parece ser a grande motivação quando a questão é a decisão dos alunos estrangeiros em continuarem os estudos superiores em Portugal. Leia mais, clique aqui.

De facto, e segundo dados do ano lectivo de 2013/14, estavam a estudar em Portugal 33.809 alunos estrangeiros, dos quais 8.911 (cerca de 26,4%) eram brasileiros. Numerosos, mas menos que no ano anterior (8.917, que pesavam 28,6%).

A percentagem cresce bastante mais, quando, ao Brasil, a soma agrega os restantes PALOP e Timor Leste: neste caso, os 17.604 estudantes oriundos destes países preenchem 52% do total – no ano anterior, eram 45%.
Neste agregado, e a seguir ao Brasil, Angola surge como o segundo destino mais numeroso de estudantes estrangeiros: no ano lectivo em causa, eram 3.741, seguidos de perto pelos oriundos de Cabo Verde (2.759). Os estudantes de Timor-Leste eram, neste sub-total, os menos representados: eram apenas 278.

Países da UE com quase 35%

O agregado constituído pelos países da União Europeia fica bastante abaixo do agregado dos países de expressão oficial portuguesa: eram 11.536 representando cerca de 34,2% – apesar de tudo uma recuperação face ao ano anterior (9.299, pesando 29,8%). Ainda no que diz respeito à União Europeia, a Espanha era o país mais representado: eram 2.976 estudantes a atravessarem a muito próxima fronteira para Portugal – sendo certo que na esmagadora maioria dos casos, as diferenças linguísticas não serão um problema complicado de ultrapassar.

Itália (1.887) e, talvez surpreendentemente, Polónia (1.246) eram, a seguir a Espanha, as nacionalidades mais representadas junto dos alunos estrangeiros nas universidades portuguesas. Só depois destes três países surgiam a Alemanha (1.154 estudantes) e a França (721) – sendo que Malta não tinha em 2013/14, e como lhe é costume, qualquer estudante em Portugal.

Fora do perímetro da União Europeia, era habitualmente a Ucrânia o país mais numerosamente representado nos ‘campus’ nacionais – mas em 2013/14 a Turquia ultrapassou aquele país. Em 2013/14 eram 534 os alunos oriundos da Ucrânia, numa altura em que as tensões com o poderoso vizinho russo ainda não haviam redundado nos confrontos junto às fronteiras comuns, que eclodiriam pouco tempo depois.

A Turquia estava representada em Portugal por 590 alunos (mais 23% que no ano anterior), sendo de longe o país muçulmano mais numeroso. Ainda no que se refere ao Islão e de alguma forma surpreendentemente, estavam em Portugal, em 2013/14, 305 estudantes oriundos do Irão. Ao contrário, o vizinho Iraque tinha apenas 18 alunos no território nacional – apesar disso, o dobro dos do ano anterior.

Do ponto de vista do espectro demográfico global, Portugal não pode queixar-se: dos 200 países que constam da listagem, não há nenhum que, nos últimos três anos lectivos, não esteja representado. E a lista dos que, nesse período de tempo, enviou apenas um estudante não é muito grande: as ilhas de Reunião, de Santa Lúcia, de Samoa e de Wallis, Tonga e a Somália são os únicos exemplos.

Fonte: Económico Sapo PT

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