Em sua 27.ª edição, o Prêmio Camões foi atribuído por unanimidade à escritora Hélia Correia, o 11.º português a receber aquele que é considerado o mais importante prêmio literário destinado a autores de língua portuguesa.
O prêmio foi anunciado esta quarta-feira (17), no Rio de Janeiro, Brasil, onde esteve reunido o júri constituído pela portuguesa Rita Marnoto, professora na Universidade de Coimbra, pelo escritor e crítico literário português Pedro Mexia, pelos escritores brasileiros Affonso Romano de Sant’Anna e António Carlos Secchin, pelo escritor moçambicano Mia Couto, e a santomense Inocência Mata, professora nas universidades de Lisboa e de Macau.
O Prêmio Camões, no valor de 100.000 euros, foi instituído por Portugal e pelo Brasil em 1989.
O primeiro distinguido, em 1989, foi o escritor português Miguel Torga (1907-1995), autor entre outras obras de ‘Os bichos’. Em 2014, a premiação foi atribuída ao historiador e ensaísta brasileiro Alberto da Costa e Silva.
Dos 26 distinguidos até agora, apenas o angolano Luandino Vieira, de 79 anos, autor de ‘Luuanda’, atualmente a viver no Alto Minho, em Portugal, recusou o galardão, em 2006.
Portugal e Brasil, com onze autores cada (contando o luso-angolano Luandino Vieira), lideram a lista de distinções, tendo já sido também galardoados um autor cabo-verdiano, Arménio Vieira, de 74 anos, em 2009, outro angolano, Pepetela, de 74 anos, em 2006, e dois moçambicanos, José Craveirinha (1922-2003), em 1991, e Mia Couto, de 60 anos, em 2013.
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