Timor-Leste defende globalização do português “sem mudanças dramáticas”

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Nova York – Timor-Leste considera que a promoção de atividades com o uso da influência regional dos Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) pode “globalizar” o bloco e o idioma de Camões. A declaração foi feita em Nova York, pelo vice-ministro timorense dos Negócios Estrangeiros. Roberto Soares disse que iniciativas promovidas pelo […]

Roberto Soares, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor Leste

Nova York – Timor-Leste considera que a promoção de atividades com o uso da influência regional dos Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) pode “globalizar” o bloco e o idioma de Camões.

A declaração foi feita em Nova York, pelo vice-ministro timorense dos Negócios Estrangeiros. Roberto Soares disse que iniciativas promovidas pelo seu país estão a dar resultado em pelo menos nove nações vizinhas.

“Timor-Leste é o único país-membro localizado na região do sudeste asiático. Para nós, é importante introduzir a língua portuguesa nesta região. Depois, os países do sudeste asiático e da Ásia e Pacífico em geral devem ter pelo menos conhecimento sobre Timor-Leste e os países da CPLP.”

O vice-chefe da diplomacia timorense disse que para essa expansão não são necessárias “mudanças dramáticas” nos pilares do bloco. Além de promover a política e a diplomacia,

“Se agora qualquer cidadão da CPLP viajar para a região do sudeste asiático como Singapura, pelo menos as populações sabem que países de língua portuguesa praticamente estabeleceram uma relação muito especial. Eles sabem que há nove países comprometendo-se a salvaguardar a língua portuguesa.”

Roberto Soares disse ainda que essas iniciativas podem ser levadas para outros países do mundo, com uma divulgação individual dos Estados-membros do bloco.

“Países da Cplp em África podem fazer programas e atividades para introduzir melhor as iniciativas da organização nesse continente. Com certeza, os portugueses também fariam isso e os brasileiros também na América Latina.”

A globalização da CPLP é um dos conceitos introduzidos pela presidência timorense do bloco lusófono, que termina em 2016.

O país já avançou a proposta de um consórcio de exploração petrolífera e defende ainda a criação de um banco comercial da comunidade que reúne países da língua com mais de 240 milhões de falantes.

Fonte: Da Redação do Portugal Digital,  com Rádio ONU

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