
No dia da independência do Brasil, segunda-feira (7), o ministro da Cultura, Juca Ferreira, participou da inauguração do Centro Cultural Brasil-Angola, no país africano. A sede fica no antigo Grande Hotel Luanda, prédio histórico na região central da cidade. O edifício, construído em 1910, foi totalmente reformado e cedido pelo governo angolano para abrigar o centro cultural que vai “reforçar a amizade e a cooperação entre os dois países irmãos”, como disse na ocasião a ministra da cultura de Angola, Rosa Maria Cruz e Silva.
A Casa Brasil conta com anfiteatro, biblioteca, espaço de exposições, salas de reuniões e de formação e restaurante. Além da abertura do centro, o ministro participou de uma roda de conversa com produtores e artistas locais.
O ministro Juca Ferreira disse que a contribuição de Angola na formação do Brasil se deu em todos os campos da cultura e ajudou a construir a nossa singularidade. “Precisamos nos aproximar mais, pensar grande, para nos colocarmos com mais força no cenário global”.

Além de Rosa Maria Cruz e Silva, a comitiva brasileira também foi recepcionada pelo embaixador do Brasil em Angola, Norton Andrade Mello Rapesta, para tratar de temas como desenvolvimento conjunto de atividades culturais em Angola, incluindo as comemorações dos 40 anos de independência do país.
Outro grande momento da noite foi o show Kalunga, que abriu o teatro do centro cultural. O show trouxe a Luanda uma nova versão da memorável turnê realizada 35 anos atrás a convite do poeta Agostinho Neto e que contou com nomes como Chico Buarque, Dorival Caymmi e Joao Nogueira, além de outros 60 artistas brasileiros.
Desta vez, o kalunga II – espetáculo organizado pelo embaixador do Brasil em Angola, Norton Rapesta – reapresentou artistas como Martinho da Vila, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, Francis e Olívia Hime e trouxe outros como Ney Lopes, Mart’nália e Yamandu Costa. A alegria que se expressou no palco contagiou a plateia, que reuniu cerca de 200 pessoas, encantadas por um repertório repleto de referências poéticas e sonoras ao amor compartilhado por brasileiros e angolanos.