O PORTUGUÊS DEVE SER “LÍNGUA DE FUTURO” EM GOA

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Está a decorrer em Macau, no Instituto Português do Oriente (IPOR), um encontro de pontos de rede de ensino da língua portuguesa na Ásia. O professor de português da Universidade de Goa, Delfim Correia da Silva, disse que a língua portuguesa deve ser encarada como idioma “de futuro”, uma vez  que ela tem sido cada […]

Está a decorrer em Macau, no Instituto Português do Oriente (IPOR), um encontro de pontos de rede de ensino da língua portuguesa na Ásia.

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O professor de português da Universidade de Goa, Delfim Correia da Silva, disse que a língua portuguesa deve ser encarada como idioma “de futuro”, uma vez  que ela tem sido cada vez mais procurada pela população indiana.

“Os principais desafios passam por garantir a colocação de professores qualificados. Já existem alguns, uns, como é o meu caso, vindos de Portugal, outros que adquiriram os seus conhecimentos na Universidade de Goa, mas precisamos ainda de mais gente para responder a todos esses desafios”, disse o professor ao jornal Tribuna de Macau.

 Além disso, referiu o docente, ainda é necessário trabalhar para que a população goense olhe para o português como um projeto do futuro. “Obviamente que o passado é importante e não podemos esquecê-lo. O passado em língua portuguesa teve a sua importância e o seu tempo, mas agora temos que encarar a aprendizagem do português como língua de futuro”.

Em Goa, tal como em Macau, “estão abertas as possibilidades para que isso se concretize, ou seja, para que se trabalhe com vista ao exterior e ao tempo vindouro”. Actualmente a língua portuguesa é estrangeira em Goa, mas adquiriu um estatuto “muito específico” por ter sido língua materna durante séculos, o que contribuiu também para o crescente interesse por parte da população goesa. Temos que ter alguma cautela, mas os indicadores são muito positivos. Há uma rede de docência onde o português a língua é opcional para cerca de 700 alunos nas escolas, e integra também os currículos de algumas universidades. Temos todas as razões para estar optimistas e contentes”.

Apesar de já não ser língua materna, alguns goenses mantiveram o português como veículo de comunicação no ambiente familiar. Assim, conforme explicou o professor, parte do interesse pela língua  portuguesa decorre do facto de parte da população não ter “deixado morrer” o idioma.

O presidente do IPOR, João Laurentino Neves, assegurou que o instituto vai investir na produção de materiais didácticos para o  ensino da língua lusa. O “Encontro de Pontos de Rede de Ensino de Português como Língua Estrangeira na Ásia – Perspectivas e desafios para a língua portuguesa no contexto asiático” decorre até sábado e junta, para além do professor Delfim Correia da Silva, docentes radicais em Pequim, Seul, Banguecoque, Hanói, Xangai e Jacarta.


Fonte: Blogue de FireHead
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