A procura pelas aulas de português no Centro Cultural Brasileiro, em Bissau, “está a crescer” e no novo ano letivo estão inscritos quase mil alunos nos diferentes graus de ensino, disse à agência Lusa André Oliveira, diretor da instituição.
A maioria dos guineenses que procura as aulas é jovem e tem “alguma insegurança em falar português”, pelo que procura o Centro para “tentar completar” lacunas deixadas pelo ensino regular, explicou André Oliveira.
Outros têm a expetativa de que, dominando o português, terão mais facilidade em ingressar no mercado de trabalho do que falando apenas crioulo.
André Oliveira, 30 anos, nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, onde viveu até aos 23 anos, altura em que se mudou para Portugal para se licenciar em Geografia.
O trabalho com ações de voluntariado levou-o até São Tomé e Príncipe, depois exerceu outras atividades profissionais em Angola e Cabo Verde até se radicar em Bissau.
De país para país, “cada um preserva o seu regionalismo” ao nível da língua, mas “todos convivem” com a mesma base da língua portuguesa, concluiu.