A Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) e as Edições Esgotadas lançam o Prêmio Literário Eduardo Costley-White, que vai distinguir escritores emergentes dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
Escritores oriundos de Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné e São Tomé e Príncipe poderão concorrer, através do ‘site’ da FLAD, até ao dia 15 de abril deste ano.
O prêmio garante a primeira edição da obra premiada, através das Edições Esgotadas, e recebe o nome de Eduardo Costley-White, um escritor moçambicano que faleceu, aos 50 anos, em 2014.
“A iniciativa celebra os 800 anos da língua portuguesa, homenageando um dos expoentes máximos da poesia moçambicana, que dá nome ao prémio literário a ser atribuído”, explicou a FLAD em comunicado, enviado à agência Lusa.
Costley-White nasceu em Quelimane, na província de Manica, filho de mãe portuguesa e de pai inglês, e começou a publicar em 1984, com a obra “Amar Sobre o Índico”.
Pertenceu à geração literária fundadora da Revista Charrua – a chamada “Geração Charrua” -, da Associação dos Escritores Moçambicanos (AEM), da qual foi um membro destacado, e publicou mais de uma dezena de títulos.
A Associação de Imprensa Moçambicana considerou-o, em 2001, a figura literária do ano e a antologia da sua obra poética “O libreto da miséria” foi, em 2012, Prémio BCI de Literatura.
“Homoíne”, “O país de mim”, “Poemas da ciência de voar e da engenharia de ser ave”, “Desafio à tristeza”, “Os materiais de amor”, “O manual das mãos”, “A mecânica lunar”, “A escrita desassossegada” são algumas das suas obras.
Além da celebração dos oito séculos da língua portuguesa, com este prémio, a FLAD pretende assinalar também a comemoração dos seus 30 anos e os 20 anos de existência da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).