Autor de “Lavoura Arcaica” ganha o principal Prêmio Literário da Língua Portuguesa

Notícia

Um dos principais nomes da literatura brasileira, Raduan Nassar, 80 anos, venceu, nesta segunda-feira, 30, o Prêmio Camões. Depois da escritora portuguesa Hélia Correia, esta foi a segunda vez que o vencedor foi escolhido por unanimidade. Raduan Nassar abandonou a literatura nos anos 80 e, desde então, quase não faz aparições públicas ou dá entrevistas. […]

imageUm dos principais nomes da literatura brasileira, Raduan Nassar, 80 anos, venceu, nesta segunda-feira, 30, o Prêmio Camões. Depois da escritora portuguesa Hélia Correia, esta foi a segunda vez que o vencedor foi escolhido por unanimidade.

Raduan Nassar abandonou a literatura nos anos 80 e, desde então, quase não faz aparições públicas ou dá entrevistas. Mas “Um Copo de Cólera” e, sobretudo, “Lavoura Arcaica”, que foi adaptado para o cinema, foram suficientes para garantir a perenidade de sua fama no panteão literário. Mesmo que ele não tenha continuado a escrever desde então, há pelo menos dois textos inéditos do escritor no Brasil. Um deles é o ensaio “A Corrente do Esforço Humano”, publicado em 1987 na Alemanha. Outro é o conto “O Velho”, que saiu em uma antologia francesa. (Maurício Meireles)

“Não é um escritor da moda”, comentou ontem em um telejornal o professor Carlos Reis. “Isolou-se. É alguém sobre quem aparentemente há pouco para dizer mas que, aos 40 anos, com o seu primeiro livro, de um golpe só muda toda a língua literária portuguesa”.

O júri declarou que obra do escritor brasileiro revela a complexidade das relações humanas em planos dificilmente acessíveis a outros modos do discurso.

O júri do Prêmio Camões, considerado o maior prêmio da Língua Portuguesa, foi composto pela professora e ensaísta Paula Morão e o poeta e colunista Pedro Mexia, os professores universitários, críticos e escritores brasileiros Flora Süssekind e Sérgio Alcides do Amaral, o escritor moçambicano Lourenço do Rosário, reitor da Universidade Politécnica de Maputo e Presidente da Comissão Nacional do IILP de Moçambique, e a ensaísta são-tomense Inocência Mata.

Tags :

Partilhar :

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Artigos Relacionados

Artigos Recentes

Tem alguma questão?

Se tiver alguma questão, referente à nossa instituição, não hesite, entre em contacto.

Arquivos