Cientistas emigrados querem contribuir para políticas lusas no setor

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Os investigadores portugueses no estrangeiro deviam ser consultados, na definição da política pública de ciência em Portugal, defendeu, em declarações à Lusa, um dos organizadores do 10.º Encontro Anual de Estudantes e Investigadores e Portugueses no Reino Unido. O encontro Luso2016, promovido pela Associação dos Estudantes e Investigadores Portugueses (PARSUK, na sigla inglesa), realiza-se em […]

images (1)Os investigadores portugueses no estrangeiro deviam ser consultados, na definição da política pública de ciência em Portugal, defendeu, em declarações à Lusa, um dos organizadores do 10.º Encontro Anual de Estudantes e Investigadores e Portugueses no Reino Unido.

O encontro Luso2016, promovido pela Associação dos Estudantes e Investigadores Portugueses (PARSUK, na sigla inglesa), realiza-se em Manchester, no dia 18 de junho, e tem por objetivo a troca de experiências sobre os sistemas de Ensino Superior e de Investigação, Desenvolvimento e Inovação Portugueses.

Um dos membros do comité organizador, Nuno Pinto, pretende que este Luso seja “diferente dos anteriores” e que a discussão se centre no que os participantes acham que é “bom, mau, positivo, negativo, promissor, ou qual o potencial do sistema de ensino de ciência em Portugal, considerando a experiência no Reino Unido”.

Nos estabelecimentos de ensino britânicos trabalham ou estudam centenas de investigadores portugueses – estimados em mais de 1.500 -, que, como reivindica o professor de planeamento urbano na universidade de Manchester, “têm um conhecimento de um dos melhores sistemas educativos do mundo e têm alguma a coisa a dizer”.

O mesmo acontece com outros investigadores portugueses nos Estados Unidos, Alemanha ou França, cuja maioria Nuno Pinto acredita que não voltará para trabalhar em Portugal.

O membro da organização do encontro anual de investigadores defende, no entanto, que as associações homólogas da PARSUK “devem mobilizar-se para estarem presentes e darem um contributo”.

Apesar de o objetivo inicial ter sido “dar voz à comunidade”, abrindo o programa a intervenções de voluntários, apenas três pessoas entre mais de 1.500 avançaram.

“Há um desfasamento de pessoas que não pensam sobre estes temas e um menor envolvimento de pessoas mais experientes, e que já pensam sobre estes temas”, justificou, em declarações à agência Lusa.

Ainda assim, pretende que, do encontro, sejam retiradas conclusões que serão reunidas num documento, o qual espera que seja “um contributo para a PARSUK se capacitar sobre esta discussão”.

Entre os oradores convidados estão o físico Carlos Fiolhais, o imunologista e diretor do Instituto Gulbenkian de Ciência, Jonathan Howard, a economista e gestora do Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC), Fátima São Simão, o diretor da Nova School of Business and Economics, Daniel Traça e o escritor professor Paulo Guinote.

Dos participantes com experiência do sistema britânico de ensino e investigação, destacam-se o economista Hugo Figueiredo, professor da Universidade de Aveiro, mas que concluiu o doutoramento em Manchester, Sofia Martinho, atual diretora do Centro de Língua Portuguesa/Instituto Camões da Universidade de Leeds, a socióloga Maria do Mar Pereira, professora na Universidade de Warwick, e o engenheiro químico e empreendedor Hugo Macedo.

O Luso2016 faz parte o programa de Manchester, Cidade Europeia da Ciência 2016, que é considerado o maior encontro de discussão de ciência e política de ciência na Europa, que inclui diversos eventos, exposições e conferências.

Fonte: Notícias ao minuto

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