A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e “Rosa de Porcelana Editora” organizam uma sessão aberta ao público com leituras do livro “Cartas de Amílcar Cabral a Maria Helena: a outra face do Homem”, hoje (21), pelas 18h00, no auditório da CPLP.
Cartas essas que Amílcar Cabral, um dos grandes pensadores e líderes de libertação da África, escreveu a Maria Helena Vilhena Rodrigues, no período de 1946 a 1960, marcando a relação amorosa e as tensões e conflitos histórico-existenciais da relação do casal no contexto de um Portugal, na altura, fascista e colonial, no qual imperava o racismo e a segregação.
O livro também faz um apanhado sobre o afrontamento anticolonial em torno da geração de africanos então presentes em Lisboa e da famosa Casa dos Estudantes do Império, onde germinariam mais tarde os grandes líderes africanos da segunda metade do século XX. Para muitos críticos, a obra traz novos paradigmas de diálogos interculturais e inter-raciais, com elementos matriciais de uma interpelação humanista suscetíveis de provocar interesse em face dos atuais acontecimentos mundiais.
O historiador e sociólogo António Correia inicia a sessão com uma intervenção sobre a importância histórica das cartas do jovem Amílcar na composição do intelectual revolucionário Amílcar Cabral.
Durante a sessão, vão ser lidas cartas por várias individualidades, nomeadamente, a editora Márcia Souto, o jornalista e escritor Gabriel Baguet Jr., a presidente do Instituto Camões, Ana Paula Laborinho, o jornalista e escritor Waldir Araújo, a presidente da Academia Cabo-verdiana de Letras, Vera Duarte, o historiador e diplomata Daniel Pereira, e a diretora executiva do Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP), Marisa Mendonça.
O evento termina com considerações finais pelo escritor e editor da “Rosa de Porcelana Editora”, Filinto Elísio.
Fonte Colaborativa: CPLP