Os dados revelam que as escolas francesas contam com 88 professores de português, mais dois do que no ano letivo anterior.
Foi anunciado, no dia 10 de junho de 2016, como “uma oportunidade para os professores de português”, mas o acordo entre o primeiro-ministro, António Costa, e o presidente francês para o ensino da língua portuguesa a todos os alunos das escolas francesas representou a contratação de apenas mais dois professores.
A medida entrou em vigor este ano letivo. O ensino do português passou a ser uma disciplina aberta a todos os alunos e não apenas aos de origem lusófona; a avaliação conta para o boletim escolar e os professores de português foram integrados na equipa pedagógica da escola.
De acordo com dados divulgados à TSF pela secretaria de Estado das Comunidades, a rede de escolas francesas conta com 88 professores, mais dois do que no ano letivo anterior, que lecionam em 867 cursos (mais 39 do que 2015/2016) em 417 escolas (mais 15 do que no ano anterior), num total de 1911 horas letivas semanais, o que representa um acréscimo de 82 horas.
António Oliveira, secretário-geral da Associação para o Desenvolvimento dos Estudos Portugueses, Brasileiros, da África e Ásia Lusófonos, considera a medida positiva mas insuficiente.
Os professores de português colocados nas escolas francesas são recrutados através de concurso público e pagos pelo estado português, num acordo que está em vigor desde 1977.
A declaração sobre cooperação bilateral em matéria de ensino do português e do francês foi assinada a 25 de julho de 2016, em Paris.
Fonte: TSF