O primeiro-ministro português e seu homólogo cabo-verdiano inauguraram ontem (20), na Cidadela, arredores da Cidade da Praia, a Escola Portuguesa de Cabo Verde (EPCV) cuja missão é divulgar e difundir a língua e a cultura portuguesa em Cabo Verde.
Em declarações à imprensa, António Costa, considerou que depois da cimeira entre os governos de Portugal e Cabo Verde, a inauguração do EPCV foi o “momento simbolicamente mais importante”.
“Além de excelente trabalho e relacionamento político existente entre os governos e a assinatura de diferentes acordos celebrados, aquilo que marca a relação entre os dois países é a relação entre as nossas duas comunidades”, disse.
Para o primeiro-ministro português, essa relação assenta na partilha de uma “língua comum” que tem permitido desenvolver laços de amizade ao longo de muitos séculos e laços culturais muito profundos.
E se há algo que é “absolutamente estruturante” nesta relação, sustentou, é a educação e o ensino, pelo que considerou que era imprescindível a existência dessa escola portuguesa em Cabo Verde.
O chefe do governo cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, por seu lado, que se gabou de ter estado envolvido neste processo, que hoje se concretizou, desde a primeira hora, é muito importante que o país, que também faz parte da lusofonia, ganhe uma escola portuguesa.
“É gratificante saber que para além do terreno disponível se colocou empenho. A escola portuguesa estava no nosso desejo, há já muitos anos, e fazia-nos inveja ao ver que outros países do espaço lusófono tinha uma escola e nós não”, enfatizou.
Segundo Ulisses Correia e Silva, o arquipélago prima pela qualidade do seu sistema educativo e tudo o que possa “aportar a melhoria” do sistema de ensino desde o pré-escolar ao ensino superior.
Cabo Verde, garantiu, definiu como uma das grandes prioridades, para os próximos dez anos, fazer com que o suporte do desenvolvimento do país seja efectivamente o seu capital humano a começar pelas crianças.
Para que isso aconteça, afiançou, vai-se integrar o sistema pré-escolar no sistema integral do ensino, fazendo com que os estudantes começam a ensinar e a aprender desde bem cedo línguas, incluindo 12 anos do ensino de português.
Neste particular, indicou que a cimeira celebrou um protocolo para assistência técnica e pedagógica a introdução e desenvolvimento da língua portuguesa.
O governante português encontra-se em Cabo Verde para participar na IV Cimeira Luso-Cabo-Verdiana.
Fonte: inforpress.publ.cv