Gírias como “mitar”, “sussa” e “sofrência” não estão em dicionários, mas fazem parte do vocabulário cotidiano dos brasileiros. Essas expressões estarão expostas em tapumes da obra de reconstrução do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, a partir desta semana.
As palavras vão dar uma cara nova à fachada do prédio centenário, que está em fase de restauração junto com as esquadrias. O museu entrou em reforma depois que um incêndio destruiu parte da construção em dezembro de 2015. A reabertura está prevista para 2019.
A ação vai mostrar o significado de neologismos que foram incorporadas ao dia a dia, para quem passa pela Estação da Luz. Com ela, o museu pretende manter vivo seu acervo imaterial sobre o idioma, enquanto as obras não são finalizadas e o acesso do público está fechado.
“O acervo do Museu é a língua viva -e isso inclui o linguajar que está nas ruas, o vocabulário que nem sempre aparece nos dicionários, mas que marca presença na boca do povo, nas canções e no cotidiano”, diz o secretário da cultura do Estado de São Paulo José Luiz Penna, em comunicado divulgado.