BRASILEIRAS DÃO AULAS DE PORTUGUÊS NO EGITO

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Duas brasileiras estão no Egito há cerca de dois meses para ensinar português. A paulista Jacqueline Kaczorowski e a carioca Renata Vieira foram escolhidas para a atuação como docentes no curso de Língua e Literatura Portuguesa na Universidade de Assuã, na cidade de Assuã. Renata lecionou por sete anos no Líbano, onde deu aulas na […]

imagemDuas brasileiras estão no Egito há cerca de dois meses para ensinar português. A paulista Jacqueline Kaczorowski e a carioca Renata Vieira foram escolhidas para a atuação como docentes no curso de Língua e Literatura Portuguesa na Universidade de Assuã, na cidade de Assuã.

Renata lecionou por sete anos no Líbano, onde deu aulas na Universidade São José, e também foi professora e coordenadora académica do Centro Cultural Brasil-Líbano, ligado à embaixada brasileira no país. Jacqueline é formada em letras pela Universidade de São Paulo (USP) e ensinava língua e literatura no Brasil.

A universidade egípcia abriu o curso em 2015 e anualmente o Departamento de Língua Portuguesa da Universidade promove editais para a seleção de professores de português, literatura, cultura ou história, segundo as necessidades do curso. 

Jacqueline está dando aulas de língua portuguesa, de produção de géneros textuais acadêmicos e de teatro no Egito, esta última voltada à compreensão do género literário dramático. “A vivência na universidade e as trocas com os alunos são muito intensas e um grande desafio!”, afirmou ela.

Aos 29 anos e natural de São Bernardo do Campo, a paulista se dedica a estudos literários desde o início da graduação. Foi professora de literatura no ensino médio na rede privada, ensinou literatura portuguesa e brasileira e depois africana, sempre fazendo pontes com outras áreas como história, ciências sociais e artes.

A paulista conta que descobrir que participaria da formação da primeira turma com bacharelado em Língua e Literaturas da Língua Portuguesa de todo o mundo árabe, aumentou ainda mais sua alegria em participar do projeto. Jacqueline ficará no Egito até junho do ano que vem, e enquanto isso segue participando à distância de um grupo de pesquisas sobre literaturas africanas de língua portuguesa, no Brasil.

Jacqueline afirma que se mudou para o Egito aberta à experiência e em Assuã encontrou um cenário diferente da agitada capital paulista. A cidade é pequena e mulheres sem véu chamam a atenção na rua, segundo ela. “Às vezes as pessoas querem tirar fotos comigo, o que acho bastante engraçado”, brinca. Jacqueline diz que todos são muito acolhedores e se mostram felizes quando conta que é brasileira.

Renata também soube da possibilidade de dar aulas no Egito por meio do coordenador do curso. Formada em letras e com mestrado em literatura, ela pesquisa questões como imigração, identidade e alteridade, diversidade da recepção de conceitos, formas de resistência, luta e expressão. “Acredito que vivenciar a realidade de outras línguas e suas culturas promove um intercâmbio tão rico que se aprende ensinando a cada momento, como nos disse Guimarães Rosa”, afirmou ela.

Fonte: ANBA
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