A apresentação de novidades literárias para o primeiro semestre de 2018 pelo grupo Porto Editora surpreende pela variedade e reedições imprescindíveis.
No 20º aniversario da atribuição do Prémio Nobel, a obra de José Saramago é a estrela dos relançamentos com meia dúzia de títulos num só semestre, ficando assim o catálogo do autor completo na editora. Começa com A Bagagem do Viajante e termina com A Segunda Vida de Francisco de Assis, ficando pelo meio Deste Mundo e do Outro, Cadernos de Lanzarote e O Caderno.
Inesperadamente, Herberto Helder surge com uma recolha de crónicas e reportagens do poeta sobre Angola, país onde viveu um pouco mais de um ano. Outra surpresa é o livro Adivinha de Jacinto Lucas Pires, que entra no catálogo da editora, tal como a que se vai verificar com a transferência de Inês Pedrosa.
Entre os romances da lusofonia está o clássico Gungunhana do escritor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa, bem como a reedição de um outro clássico sobre a Guerra Colonial, Nó Cego, do português Carlos Vale Ferraz. Do Brasil, estreia-se Eric Nepomuceno com Bangladesh, Talvez e Outras Histórias.
Novidade esperada é o romance de Julieta Montinho, Um Muro no Caminho, com histórias de refugiados com vidas suspensas à porta da Europa. Outro autor nacional que regressa é Mário de Carvalho com Burgueses Somos Nós Todos, e é reeditado Goa ou o Guardião da Aurora de Richard Zimler.
Tal como a poesia de Valter Hugo Mãe reescrita e selecionada em Publicação da Mortalidade ou o inédito de Adília Lopes com Estar em Casa, não esquecendo Fernando Pessoa, Eugénio de Andrade e Maria Gabriel Llansol. Novidade na área da poesia é a antologia Poemas Reunidos de Luís Filipe Castro Mendes. Outra novidade é o início da publicação da Obra Poética de António Ramos Rosa, dividida em três volumes.
Entre as novidades e reedições de autores estrangeiros regressam a Metamorfose de Kafka e Sexus de Henry Miller, O Casamento de Gogol, Não matem o Bebé de Kenzaburo Oe, O Primeiro Homem de Albert Camus, o Harpa das Trevas de Truman Capote. Publicado pela primeira vez será Um Diário Russo, uma reportagem de John Steinbeck e Robert Capa pela União Soviética de grande força testemunhal.