DIRETORA EXECUTIVA DO IILP PARTICIPA NO ENCONTRO DOS TRÊS ESPAÇOS LINGUÍSTICOS – I

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  A Diretora Executiva do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), Prof.ª Doutora Marisa Mendonça, começou por saudar as três Instituições envolvidas no Encontro dos Três Espaços Linguísticos e ali representadas pela: Organização Internacional da Francofonia (OIF), Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP) e a Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB). De seguida, agradeceu pela oportunidade de […]

 

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A Diretora Executiva do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), Prof.ª Doutora Marisa Mendonça, começou por saudar as três Instituições envolvidas no Encontro dos Três Espaços Linguísticos e ali representadas pela: Organização Internacional da Francofonia (OIF), Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP) e a Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB). De seguida, agradeceu pela oportunidade de estar presente no evento, em representação do IILP.

Considerou que o Encontro envolvia “significados vários, dos quais gostaria de realçar que, por um lado, este momento reflete o renovar de um abraço entre as três organizações, continuando-se, assim, a desenhar um caminho de procura de novos trajetos para, de forma complementar e integrada atendermos aos nobres desafios que nos são colocados pela Agenda 2030. Por outro lado, este momento reflete, também, a consciência comum, de que a solução dos problemas do nosso século e do nosso mundo, impõem, sem margem para dúvidas, uma ação cada vez mais concertada entre atores com missões paralelas e responsabilidades partilhadas”.

Adiante, Mendonça sublinhou que “o foco de reflexão da sessão I, “As línguas: formação integral como oportunidade para o século XXI”, coloca-nos a todos, diante de um desafio imenso para o qual, sem reservas, teremos de contribuir, se pretendermos deixar um mundo-herança melhor do que aquele em que habitamos hoje.

Levantou, posteriormente, uma série de questões que, em seu entender, merecem uma reflexão obrigatória. Desse conjunto, destacou-se:

  • Em função dos problemas deste nosso mundo, marcado por relevantes ambiguidades, por notáveis contradições e assimetrias a vários níveis, o que significa perspetivar uma formação integral? Entraremos por uma perspetiva de renúncia da tendência atual para as especializações e muitas vezes hiperespecializações?
  • Que lugar as línguas têm e/ou devem ter no cenário da promoção de uma melhor e maior formação integral? Estarão elas, as línguas, já a cumprir, devidamente, essa função?
  • O ensino de línguas estará a assumir o leque diversificado de perspetivas que se coloca a cada uma delas? Privilegia-se um olhar multifocal de uma mesma língua tida como língua materna, língua segunda, língua estrangeira, língua de herança, língua de acolhimento, etc? E a sua dimensão de património e de manifestação cultural, tem sido tomada como também relevante?

A Oradora chamou a atenção para o facto de “estas e várias outras questões devem ser, permanentemente equacionadas, devem ser pensadas com profundidade e com honestidade. Pensá-las com rigor, pode ajudar-nos a não cairmos na falsa ilusão de que a nossa língua é importante, porque ela é uma língua global, tem milhões e milhões de falantes, espalhados por todos os continentes. No mundo de hoje, esse dado é sim importante, mas só esse dado não nos pode deixar confortáveis e muito menos tranquilos sobre a potencial contribuição das línguas para a construção de um mundo mais inclusivo, mais humanizado. (…) O outro, o diferente, ainda nos causa algum incómodo; muitas vezes o outro, o diferente, naturalmente apela para a divisão, para se adotar uma perspetiva de inclusão e de enriquecimento do todo, pelas partes diversas que o compõem”.

(Fim da 1ª parte)
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