A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) realizou nesta quarta-feira, 14, a abertura do Seminário Internacional sobre Sustentabilidade dos Programas de Alimentação Escolar, que acontecerá em Salvador até a próxima sexta-feira, 16. O objetivo do encontro é contribuir para o aprimoramento ou criação de programas de alimentação escolar dos países membros, focando em seus principais avanços e desafios, para alcançar a sustentabilidade dessa política pública por meio das compras institucionais.
O evento reúne delegações dos nove países que compõem a CPLP: Angola, Cabo Verde, Guine-Bissau, Guine-Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Brasil. Além de mapear a situação atual dos programas da alimentação escolar, os grupos de trabalho vão elaborar recomendações a serem entregues aos ministros da Educação desses países no encerramento do evento, sexta-feira.
Durante a solenidade de abertura, o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Sílvio Pinheiro, ressaltou a importância do fortalecimento da agricultura familiar para a melhoria da qualidade da alimentação escolar. “O Programa Nacional de Alimentação Escolar brasileiro, o Pnae, prevê que no mínimo 30% dos recursos repassados pela União sejam aplicados na compra de gêneros alimentícios vindos da agricultura familiar. Com isso, além de servirmos um alimento mais nutritivo, fresco e saboroso aos nossos estudantes, nós fomentamos o crescimento deste segmento, que é extremamente importante na construção de hábitos alimentares mais saudáveis”, disse.
Pinheiro lembrou ainda que o Pnae completa 63 anos no próximo dia 31 e que, na ocasião, será lançado um programa especial na TV Escola sobre as merendeiras do Brasil.
O secretário municipal de Educação de Salvador, Bruno Barral, disse que a cidade de Salvador tem avançado bastante no investimento em educação e, em especial, no fortalecimento das equipes nutricionais da Secretaria.
O FNDE e a Assessoria Internacional do Ministério da Educação são os organizadores do evento, com apoio do Ministério do Desenvolvimento Social, da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Centro de Excelência Contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).