ROMPENDO FRONTEIRAS

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O Brasil não é o único país a ter a língua portuguesa como oficial – ela, aliás, vai além do já conhecido Portugal. Se os mares separam as nações americanas, europeias e africanas de suas influências linguística, o projeto Oceanos – Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa visa juntar esses países em um intercâmbio idiomático […]

O Brasil não é o único país a ter a língua portuguesa como oficial – ela, aliás, vai além do já conhecido Portugal. Se os mares separam as nações americanas, europeias e africanas de suas influências linguística, o projeto Oceanos – Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa visa juntar esses países em um intercâmbio idiomático literário.

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O prêmio foi criado em 2003, sob o nome Prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira. Em 2015, com a saída da Portugal Telecom do Brasil, o Banco Itaú assumiu o patrocínio, mas mantiveram o regulamento original. Seguindo a linha de premiações como o Booker Prize (língua inglesa) e o Goncourt (francês), o Oceanos tem essa faceta de romper barreiras e integrar países com formação linguística semelhante.

O concurso prioriza livros publicados em língua portuguesa (versão impressa ou digital) em várias categorias: Poesia, Romance, Conto, Crônica e Dramaturgia (com exceção de adaptações). Encerradas as inscrições no dia 23 de março, concurso apresentou um aumento de propostas, de 1.215 em 2017 para 1.364 neste ano. Destaque para os países africanos, que tiveram um crescimento de 500%.

Neste ano o concurso recebeu 37 inscrições. Em Moçambique foram 22 livros; de cabo Verde, 11; de Angola, 4. Os livros concorrentes deveriam ter suas primeiras edições publicadas entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2017.

O resultado será divulgado pela equipe de jurados formada por 73 pessoas – entre escritores, poetas, professores universitários, jornalistas e críticos literários. Dentre eles, 12 são de Portugal, dois de Cabo Verde, três de Moçambique, três de Angola e 53 do Brasil.

Nessa fase o júri escolherá 50 obras para a semifinal, a serem divulgadas em agosto. Na ocasião, os membros elegerão dentro da equipe os integrantes para compor o júri intermediário, que escolherá os 10 finalistas, de onde sairão os 4 vencedores.

O vencedor receberá o valor de R$ 100 mil, o segundo colocado, R$ 60 mil; o terceiro, R$ 40 mil e o quarto, R$ 30 mil. Os livros de cada gênero concorrem entre si.

O gênero poesia foi a categoria com o maior número de proponentes, correspondendo a 42,2% (576) das inscrições. Os romances tiveram 483 inscrições (35,4%), e os livros de contos representam 15,1%. Crônicas (5,7%), com 78 volumes, e dramaturgia, com 21 (1,5%) somam-se a lista. Mas não só os países de língua portuguesa foram representados. Esta edição recebeu 28 obras no idioma de lugares que não falam a língua. A Alemanha apresentou cinco livros; EUA, 21, Itália e Reino Unido, um cada.

Os 1.364 livros inscritos vêm de 346 editoras diferentes, mas há espaço também para escritores independentes. 60 obras foram auto publicadas.

Fronteiras

Outro dado que ressalta a importância de se haver mais integração entre a literatura portuguesa é de que apenas três obras de todo esse total tiveram edições publicadas em mais de um país: “A Sociedade dos Sonhadores Involuntários”, do angolano José Eduardo Agualusa, publicado em Portugal pela Quetzal e no Brasil pelo selo Tusquets, da Planeta; e “Rua Antes do Céu”, de José Luiz Tavares, pela portuguesa Abysmo e pela cabo-verdiana Rosa de Porcelana.


Fonte: Diário do Nordeste

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