O português como língua de negócios foi tema de uma conferência da CPLP organizada em Berlim.
A frase fez parte do discurso de abertura do Embaixador do Brasil na Alemanha, Mario Vilalva. “A língua também é um instrumento de poder”, neste caso de poder nos negócios.
Estima-se que as relações comerciais entre os países da lusofonia tenham gerado, nos últimos cinco anos, mais de três mil milhões de euros. Existem nesta altura mais de 260 milhões de falantes de português no mundo e estima-se que o número possa duplicar nos próximos 50 a 80 anos.
Um estudo desenvolvido pelo Professor Catedrático do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, Luís Reto, compara oito línguas globais. No “Ranking de Influências das Línguas Globais – O Caso da Língua Portuguesa” o português aparece quase a meio da tabela, “uma posição bastante boa” nesta que é uma espécie de lista da “primeira liga” das línguas, sublinha o investigador. O estudo obedece a seis critérios, entre eles internet, economia e cultura.
Neste processo de crescimento da influência e da importância do português muito têm contribuído os empresários privados. Para Georgina de Mello, diretora-geral da CPLP, têm sido organizadas um conjunto de iniciativas e criado instituições no setor privado que captam interesse mesmo fora da comunidade. O exemplo é a Alemanha, para Klaus Deutsch, economista-chefe da BDI (a Confederação da Indústria Alemã), as relações comerciais com alguns países da CPLP têm crescido nos últimos anos. O setor do digital tem merecido mais destaque.
A conferência “O Espaço Económico da CPLP – Português como Língua de Negócios”, que se realizou na Embaixada do Brasil, em Berlim, teve como objetivo divulgar o potencial económico da CPLP e reforçar as relações económicas entre os seus países-membros e a Alemanha.
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