O ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste, Dionísio Soares, que representa o presidente timorense na XII Cimeira da CPLP, que acontece no Sal, realçou a importância do Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP) e pediu maior atenção à instituição.
Dionísio Soares salientou que Timor-Leste foi um dos fundadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e lembrou que antes da mesa dos Chefes de Estado e de Governo havia a mesa do IILP.
“Saibamos dar o crédito que tem e, sem dúvida, merece. Somos milhões de falantes da língua portuguesa e nada justifica o seu abandono. Esses milhões são uma característica entre muitas outras que conferem à língua portuguesa a atenção global. Portanto, é um desafio à organização e ao próprio instituto como comunidade coerente”, disse.
O governante de Timor-Leste disse estar convicto de que devidamente capacitado humano e financeiramente, o IILP poderá ser o principal instrumento de difusão, expansão e internacionalização da língua portuguesa no que a língua diz respeito, isto é a difusão, expansão e internacionalização.
“Estou confiante que os nossos 22 anos nos dão o estatuto necessário para preservarmos e expandirmos o bem que nos trouxe até aqui. É a língua portuguesa que, em primeiro lugar, define a cidadania da comunidade e ela merece conviver no mesmo patamar com as restantes línguas internacionais”, sublinhou.
O IILP com sede na cidade da Praia passa por uma situação financeira complicada e um momento de indefinição.
A XII Cimeira da CPLP tem como lema “A Cultura, as Pessoas e os Oceanos” e marca o início da presidência rotativa de Cabo Verde dessa organização criada em 1996 para a concertação político-diplomática entre os seus Estados-membros, nomeadamente para o reforço da sua presença no cenário internacional, tendo também como um dos seus objectivos a promoção e difusão da língua portuguesa.