
O trabalho “Ler sem limites” da jornalista Catarina Brites Soares, que trabalha em Macau, venceu o Prémio de Jornalismo da Lusofonia, foi hoje anunciado.
O “texto publicado no semanário Plataforma desenha uma panorâmica das leituras mais frequentes” na cidade, “com um levantamento de livros e autores que circulam livremente no território, incluindo alguns que, por diferentes razões, têm limites de acesso fora” da região administrativa especial chinesa, indicou a nota do júri do prémio criado pelo Clube Português de Imprensa (CPI) e o jornal Tribuna de Macau (JTM).
O Plataforma Macau é um semanário publicado em português e chinês.
Na categoria Ensaio, atribuída este ano pela primeira vez, foi distinguido o ensaio do historiador António Aresta, de Macau, intitulado “Miguel Torga: um poeta português em Macau”.
O trabalho “condensa o imaginário de Miguel Torga, no seu primeiro e único contacto com o território de Macau, cruzando-o com outras referências da época”, referiu.
O júri salientou ainda “o sentido da portugalidade sempre implícito na divulgação de Macau por Torga”.
Presidido por Dinis de Abreu, em representação do Clube Português de Imprensa (CPI), o júri integrou José Rocha Diniz, ex-diretor e administrador do Jornal Tribuna de Macau (JTM), José Carlos de Vasconcelos, diretor do Jornal de Letras, Carlos Magno, em representação da Fundação Jorge Álvares, e José António Silva Pires, do CPI.
Os dois prémios, cada um no valor de cinco mil euros, distinguem trabalhos originais em língua portuguesa sobre Macau.
A primeira edição do prémio de Jornalismo de Lusofonia distiguiu também o trabalho da jornalista do Ponto Final Sílvia Gonçalves sobre Camilo Pessanha.