O prémio atribuído pela Câmara de Famalicão em parceria com a Associação Portuguesa de Escritores é entregue na próxima segunda-feira, às 18 horas, na Escola Secundária Camilo Castelo Branco.
O júri, constituído por Cândido Oliveira Martins, Fernando Batista e Isabel Cristina Mateus, considerou que se trata de “um conjunto de contos que surpreende o leitor pela invulgar atualidade temática e sociológica” aliadas a um “notável trabalho de precisão e depuramento da palavra e, acima de tudo, a um olhar atento aos dramas humanos, independentemente do lugar mais ou menos doméstico que lhes serve de palco.”
Os contos abordam desde a temática dos incêndios que devastaram o país, em 2017, aos dramas íntimos de portugueses convertidos ao estado islâmico, de refugiados sírios num lar de idosos ou de uma mulher tunisina que dá à luz num barco apinhado de gente durante a travessia do Mediterrâneo.
Ana Margarida de Carvalho é jornalista e escritora. Licenciada em Direito, viu o seu primeiro romance, “Que Importa a Fúria do Mar”, galardoado com o prémio APE 2013. Publicou reportagens, contos e poemas e um livro infantil chamado “A Arca do É”, com o ilustrador Sérgio Marques. O seu segundo romance, “Não se Pode Morar nos Olhos de um Gato”, foi considerado livro do ano 2017, nomeado pela Sociedade Portuguesa de Autores, e vencedor do Prémio Manuel Boaventura.
A autora recebe agora, o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco instituído em 1991, para distinguir uma obra em língua portuguesa de um autor português ou de país africano de expressão portuguesa, publicada em livro, 1.ª edição, no decurso do ano de 2017. O valor do prémio é de 7500 euros.