Portugal e o Governo da comunidade autónoma espanhola de Castela e Leão assinaram hoje em Valladolid, Espanha, um memorando de entendimento para consolidar o ensino do português como língua estrangeira no sistema educativo não universitário daquela região espanhola.
O compromisso estabelece as “medidas de colaboração” para o desenvolvimento de ações de cooperação educativa entre o instituto Camões e aquela região espanhola, através da “Consejería” (ministério regional) da Educação da comunidade autónoma, reforçando o ensino da língua e da cultura portuguesas naquela região espanhola.
De acordo com um comunicado à imprensa distribuído pelo instituto Camões, o memorando pretende também “fomentar” a promoção de iniciativas transfronteiriças em matéria de formação, ensino e aprendizagem das línguas espanhola e portuguesa no âmbito não universitário.
A assinatura do documento completa uma série compromissos idênticos com todas as regiões espanholas que fazem fronteira com Portugal, em matéria de ensino do português em Espanha.
Para o organismo responsável pela divulgação da cultura portuguesa no estrangeiro, a assinatura do documento reconhece e reforça a “importância crescente da língua portuguesa como idioma de comunicação internacional, língua de ciência, língua de trabalho nas organizações internacionais, bem como o seu valor e peso económico no mundo atual”.
Atualmente estão a aprender português como língua estrangeira 50.889 alunos, sendo o seu ensino assegurado por 322 professores espanhóis de português nas comunidades autónomas da Andaluzia, Castela e Leão, Extremadura e Galiza, regiões com as quais foram assinados memorandos idênticos.
O documento foi assinado pelo presidente do instituto Camões, Luís Faro Ramos, e a “Junta” (Governo regional) de Castela e Leão esteve representada pelo seu conselheiro (ministro regional) da Educação, Fernando Rey Martínez.