O prémio, de periodicidade anual, tem como objetivo homenagear o escritor Arnaldo França, falecido em 2015, promover o talento, a produção literária e a língua portuguesa em Cabo Verde.

De acordo com o regulamento, para concorrer os candidatos poderão submeter “trabalhos inéditos de grande qualidade”, no domínio da prosa, redigidos em língua portuguesa, e da autoria de cidadãos cabo-verdianos ou residentes em Cabo Verde há mais de 5 anos.

A decisão do júri será divulgada até 30 de outubro, nos sítios institucionais da INCM e da INCV. O autor premiado terá direito a uma quantia pecuniária de 550 contos (quinhentos e cinquenta mil escudos) e verá ainda a sua obra ser publicada com a chancela dessas duas instituições.

Na primeira edição do prémio em 2018, o vencedor foi Olavo Delgado Correia com a obra “Beato Sabino”. A obra foi escolhida entre as 13 que concorreram na primeira edição. O júri atribuiu ainda uma menção honrosa a Onestaldo Ferreira Fortes, que concorreu com o pseudónimo Ivan Faruk e a obra “O Sonho de Ícaro”.

O poeta, ensaísta, académico, crítico, estudioso e historiador da literatura cabo-verdiana, Arnaldo Carlos de Vasconcelos França é considerado “um dos nomes maiores da cultura cabo-verdiana”. Nasceu na cidade da Praia em 1925 e morreu em 2015.

Era licenciado em ciências sociais e políticas, pela Universidade Técnica de Lisboa e ocupou vários cargos, tendo feito parte de um dos elencos governativos de Pedro Pires. É autor, entre outras obras, de “Notas sobre Poesia e Ficção Cabo-verdianas” (1962) e colaborou com a Imprensa Nacional-Casa da Moeda na “Obra Poética”, de Jorge Barbosa.