A representante da Rosa Porcelana Editora, organizadora do Festival Literatura-Mundo do Sal, considerou, este domingo, que a festa literária está a produzir resultados, já que escritores cabo-verdianos estão a ser traduzidos para outras línguas.
Márcia Souto fez esta análise em entrevista à Inforpress, num balanço da terceira edição do festival que decorreu durante quatro dias na ilha do Sal, devendo terminar esta tarde.
Lembrando que no primeiro festival fez-se a apresentação do livro Albergue Espanhol, do escritor e Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, Márcia Souto avançou que no dia 19 de Julho haverá o lançamento de uma edição italiana desta obra literária.
Acrescentou que também nesta terceira edição falou-se no livro do escritor e poeta Arménio Vieira, “Silvenius – Antologia Poética” traduzido para a língua alemã.
Conforme apontou ainda, também o escritor José Luís Tavares, na sequência da sua participação e conhecimentos travados na primeira edição do Festival Literatura-Mundo do Sal, marcou presença na Feira do Livro de Bogotá (Colômbia), com uma antologia traduzida para a língua espanhola.
“Então, são resultados que começam a aparecer”, exteriorizou, ao mesmo tempo que revelava confiança em como o Festival Literatura-Mundo do Sal veio para ficar, destacando o apoio da Câmara Municipal do Sal, sem o qual, disse, não seria possível realizar o certame literário.
Segundo ainda a Inforpress, a terceira edição do Festival Literatura Mundo envolveu desta vez 40 participantes de diferentes paragens do globo, diversas nacionalidades, desde portugueses, brasileiros, moçambicanos, angolanos, santomenses, vietnamita, nigerianos, espanhol, alemães, entre os dez escritores cabo-verdianos.
Todos os anos o festival homenageia dois escritores, um nacional e outro estrangeiro.
Esta edição o alemão Goethe e a escritora cabo-verdiana Orlanda Amarilis, foram os reverenciados deste ano.
Promovido pela Câmara Municipal do Sal, como curadoria científica de Inocência Mata e organização da Rosa de Porcelana Editora, o festival propõe reflectir e debater o alargamento dos cânones literários, visibilizar as várias literaturas dos países e inscrever Cabo Verde na rede internacional da Literatura-Mundo.