Flip Slam vai reunir poetas de seis países, dentro da programação principal. Já o Slam da Língua Portuguesa terá microfone aberto ao público, na Casa Globo. Museu também apresenta mesa literária com o angolano Kalaf Epalanga.

O Museu da Língua Portuguesa promove na sexta-feira, 12 de julho, o primeiro “slam” internacional da Festa Literária Internacional de Paraty – Flip. A batalha de poesia falada Flip Slam, parte da programação principal da Flip, vai reunir poetas de seis países e integra uma série de ações gratuitas que trazem o slam para o centro da programação da 17ª edição da Festa Literária.
Também promovido pelo Museu, no dia 13 o Slam da Língua Portuguesa terá apresentações de artistas brasileiros e microfone aberto para participação do público. Na programação principal, o Museu apresenta, ainda, mesa literária com a participação do músico e escritor angolano Kalaf Epalanga. A Flip será realizada entre os dias 10 e 14 de julho em Paraty.
As ações do Museu consolidam uma trajetória de dois anos de colaboração com a Flip, em sinergia com o conteúdo do Museu, que está em reconstrução em São Paulo e incorpora em seu conteúdo a oralidade e as novas linguagens, como o slam. Em 2017 e 2018, a instituição promoveu exposições, mesas e apresentações artísticas que fizeram parte da programação paralela à Flip, com o objetivo de celebrar o idioma; contribuir para a integração cultural entre países de língua portuguesa e manter a comunicação com o público durante a recuperação de sua sede, atingida por um incêndio em dezembro de 2015.
A participação do Museu da Língua Portuguesa na 17ª Festa Literária Internacional de Paraty – Flip é iniciativa da Fundação Roberto Marinho e do Governo de São Paulo, com patrocínio da EDP, Grupo Globo e Itaú Cultural.
Poetas de Cabo Verde, Portugal, EUA, Inglaterra, Espanha e Brasil
Com curadoria de Roberta Estrela D’Alva, uma das pioneiras do movimento slam no Brasil e uma das consultoras de conteúdo do Museu da Língua Portuguesa (na experiência Falares), o Flip Slam será realizado no Auditório da Praça e recebe os poetas e performers Pieta Poeta (Brasil), Edyoung Lennon (Cabo Verde), Raquel Lima (Portugal), Porsha Olayiwola (EUA), Joelle Taylor (Inglaterra) e Salva Soler (Espanha).
Já o Slam da Língua Portuguesa, que será promovido pelo Museu na Casa Globo (Casa da Cultura de Paraty), receberá poetas da cena do slam e os participantes do slam internacional falantes de Língua Portuguesa para abrir a batalha de poesia falada, que contará com jovens da região de Paraty e inscrições no local para participação do público. A apresentação é de Emerson Alcalde, do Slam da Guilhermina (SP).
Mesa literária com autor angolano
Em mesa apresentada pelo Museu da Língua Portuguesa, no dia 11, o músico e escritor angolano Kalaf Epalanga – líder do Buraka Som Sistema, agitador cultural e autor que vive hoje entre Lisboa e Berlim – conversa com o rapper e romancista Gaël Faye, natural do Burundi e criado na França. A mediação é de Marina Person.
Com romances de estreia de inspiração autobiográfica, os dois autores tocam em questões como guerra, imigração africana para a Europa, a violência e a afetividade deixadas para trás, além da descoberta da arte como forma de traduzir e reconfigurar tais experiências.
“As iniciativas do Museu da Língua Portuguesa na Flip inovam ao trazer o slam e a linguagem urbana para uma festa literária, em comunicação com o conteúdo do Museu, que se abre para a língua portuguesa em seus vários recortes socioculturais, regionais, territoriais e aos sotaques dos vários países de língua portuguesa”, diz Lucia Basto, gerente geral de Patrimônio e Cultura da Fundação Roberto Marinho.
“Como principal patrocinadora da reconstrução do Museu da Língua Portuguesa e maior investidora portuguesa no Brasil, a EDP se orgulha de apoiar a missão de preservar e promover o idioma que entrelaça a história e a cultura de Portugal, Brasil e outros sete países. Neste ano, a programação do Museu na Flip evidencia a vitalidade da nossa língua, um patrimônio constantemente construído e reconstruído, tal como o próprio Museu da Língua Portuguesa, que se aproxima da sua reinauguração, em 2020”, afirma Miguel Setas, presidente da EDP no Brasil.