EM LIVRO INFANTOJUVENIL, FRED BELLINTANI BUSCA DESENVOLVER O AMOR PELA LÍNGUA PORTUGUESA

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Ao ver a palavra “ovo” no espelho, a pequena leitora despertou para um universo que ainda não conhecia: o das palavras ou frase iguais lidas da esquerda para a direita e vice-versa, ou seja, o mundo dos palíndromos.  O feio foi atingido quando ela começou a ficar entediada com os ditados e caligrafias que costumavam […]

Ao ver a palavra “ovo” no espelho, a pequena leitora despertou para um universo que ainda não conhecia: o das palavras ou frase iguais lidas da esquerda para a direita e vice-versa, ou seja, o mundo dos palíndromos. 

Fred Bellintani e capa de A Domadora de Palíndromos. (Foto: Cepe/Divulgação)

O feio foi atingido quando ela começou a ficar entediada com os ditados e caligrafias que costumavam ocupar as suas tardes livres. A menina se debruçou sobre o desafio de ler tudo de trás para frente. No livro infantojuvenil A domadora de palíndromos, do estreante Fred Bellintani, aparecem outras palavras curiosas como “radar”, “roma, amor” ou “arara rara”.

A obra busca desenvolver nas crianças o amor pela língua portuguesa e mostrar como ela pode ser divertida. A versão impressa do livro custa R$ 35 foi lançada na semana passada na loja virtual da Cepe Editora (cepe.com.br/lojacepe). O e-book está disponibilizado nas plataformas digitais, por R$ 11,50.

A paixão pela gramática inspirou o carioca Fred Bellintani, filho de um advogado pernambucano e uma professora mineira, a escrever a obra, que carrega traços autor referentes. “A história é inspirada na minha relação de intimidade com a língua portuguesa. Sempre gostei de ler e escrever. Até que um dia, por diversão, experimentei ler ao contrário e, daí, um novo mundo foi descortinado diante de meus olhos. Assim, fui criando meus palíndromos ao longo dos anos até encontrar, na história da domadora, o lugar perfeito para morarem”, explica.

A história conta com ilustrações da pernambucana Hallina Beltrão, que atua há 20 anos como designer gráfica e ilustradora de projetos gráficos editoriais. Jornalista, advogado e músico por formação, Bellintani associou as suas habilidades musicais e optou por uma narrativa enriquecida por rimas. “Depois da história pronta, reparei que os trechos mais inspirados eram aqueles que tinham rima. Sou músico, sempre penso em música, em métrica. Pensei nos cantadores do Nordeste e em como a linguagem deles prende e acolhe as crianças”, destaca o carioca.

De forma didática e lúdica, a narrativa foi toda construída a partir da trajetória de aprendizado da protagonista, ressaltando as suas qualidades, mas sem revelar seu nome, que é um palíndromo. “Provoquei a curiosidade do leitor até o final. Sabe por que uma menina tão esperta não despertou para o seu palíndromo mais íntimo, que era o próprio nome? Porque, como diz o ditado, ‘casa de ferreiro, espeto de pau”” brincou.


Fonte: Diário de Pernambuco
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