UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA ACOLHE A 2ª FORMAÇÃO TÉCNICA DO PROJETO TERMINOLOGIAS CIENTÍFICAS E TÉCNICAS COMUNS (TCTC) DA LÍNGUA PORTUGUESA – II

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No período da manhã do primeiro dia do 2º Curso de Formação para o Desenvolvimento do Projeto das TCTC, após a sessão de abertura, tiveram lugar duas conferências que engrandeceram o referido evento. Na primeira conferência, Margarita Correia, Presidente do Conselho Científico do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), debateu o tema: “Projetos pluricêntricos do […]

No período da manhã do primeiro dia do 2º Curso de Formação para o Desenvolvimento do Projeto das TCTC, após a sessão de abertura, tiveram lugar duas conferências que engrandeceram o referido evento.

Na primeira conferência, Margarita Correia, Presidente do Conselho Científico do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), debateu o tema: “Projetos pluricêntricos do IILP. Apontamentos para a história da política linguística do português”. O discurso começou por uma breve dissertação sobre o caráter pluricêntrico do português. De seguida, Correia debruçou-se sobre o Acordo Ortográfico de 1990 e do Plano de Brasília em como esses contribuíram para o surgimento de importantes projetos do IILP como o “Vocabulário Ortográfico Comum” e as “Terminologias Científicas e Técnicas Comuns (TCTC)”. A Presidente do Conselho Científico fez uma visita ao passado, explicando pormenorizadamente em que consistem os projetos supracitados, sua importância e fases do seu desenvolvimento.

Em seguida, Inês Machungo, integrante da Comissão Nacional de Moçambique do IILP, dissertou sobre o tema: “Variedades nacionais de línguas pluricêntricas: desafios na gestão do Português em Moçambique pós-independência”, no qual começou por fazer uma contextualização do português em Moçambique demostrando a sua inserção neste país no período colonial.

Machungo defendeu que Moçambique promoveu e adotou o português como um importante símbolo de unidade nacional e como língua oficial, levando a que “o uso e o número de utentes de português se tenham expandido.”

“O português era a única língua que tinha falantes em todo os locais do país”, reforçou.

Por fim, concluiu que os diversos trabalhos de descrição lexical já disponíveis, criaram as condições para elaboração de recursos lexicais que contribuirão para a normalização linguística do país, como é o caso do Vocabulário Ortográfico Comum de Moçambique e do Dicionário de Português de Moçambique (DiPoMo).

No período da tarde, Tanara Zingano Kuhn, coordenadora interina do TCTC, fez a apresentação do referido projeto.

A coordenadora definiu-o como sendo de recursos terminológicos conjuntos para todos os Estados-Membros da CPLP. Salientou que o Plano de Ação de Lisboa, em 2013, reconheceu o papel das TCTC como instrumento facilitador da comunicação entre os cientistas e os investigadores dos países da CPLP e sobretudo como facilitador do ensino da ciência da partilha do conhecimento e da disseminação da cultura científica.

Do mesmo modo, acrescentou que os beneficiários do projeto TCTC são os Estados-Membros da CPLP, o IILP, os usuários da língua portuguesa em geral, instituições e/ou organizações dos Estados-Membros e também pesquisadores, professores, terminólogos, linguistas, tradutores-intérpretes e desenvolvedores de ferramentas computacionais.

Importa frisar que este projeto e vai estar disponível gratuitamente na plataforma do Vocabulário Ortográfico Comum (VOC).


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